O Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, pediu hoje aos parceiros internacionais um “forte apoio” para a reconstrução de Cabo Delgado, província do norte do país que enfrenta uma insurgência armada desde 2017.
“A implementação do plano de reconstrução de Cabo Delgado, avaliado em 300 milhões de dólares (286 milhões de euros) e do Programa de Resiliência e Desenvolvimento Integrado do Norte, avaliado em 2,5 mil milhões de dólares (2,3 mil milhões de euros) requer um forte apoio de parceiros de cooperação”, avançou Daniel Chapo, durante a sua primeira receção a diplomatas acreditados em Moçambique, por ocasião do novo ano.
Segundo o chefe de Estado, o apoio permitirá combinar as ações das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) com a reconstrução total das infraestruturas destruídas no âmbito do conflito armado, e o desenvolvimento económico, social e cultural da província.
“Renovamos o nosso apelo aos parceiros para que incrementem o seu apoio, de modo a que possamos continuar a consolidar os ganhos já alcançados e possamos erradicar o terrorismo do nosso país”, disse.
Chapo afirmou ainda que o terrorismo é um fenómeno transnacional, com “ramificações regionais e internacionais complexas”, que exige a conjugação de esforços de “todos os Estados do mundo”, para o seu combate.
Desde outubro de 2017, a província de Cabo Delgado, rica em gás, enfrenta uma rebelião armada com ataques reclamados por movimentos associados ao grupo extremista Estado Islâmico.
O último grande ataque naquela província moçambicana deu-se em 10 e 11 de maio, na sede distrital de Macomia, com cerca de uma centena de rebeldes a saquearem a vila, provocando vários morto e fortes combates com as forças moçambicanas e militares ruandeses, que apoiam Moçambique no combate aos ataques.
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