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Presidente moçambicano quer ligação aérea entre Maputo e Kigali

“Quiçá possamos refletir sobre a ligação aérea entre os nossos países para melhor explorar estes potenciais. Aqui queria dizer que nós em África temos esse desafio de ligar os nossos países por via aérea. Países há em África que para alguém se deslocar a um país vizinho, se for por via aérea, primeiro vai a Europa para depois vir a África”, disse o Presidente de Moçambique, em Kigali, capital do Ruanda, no âmbito da visita que realiza àquele país.
28 Agosto 2025, 18h34

O Presidente moçambicano, Daniel Chapo, pediu hoje aos empresários ruandeses para avançarem com investimentos no setor dos transportes para assegurar a ligação aérea entre Moçambique e Ruanda.

“Quiçá possamos refletir sobre a ligação aérea entre os nossos países para melhor explorar estes potenciais. Aqui queria dizer que nós em África temos esse desafio de ligar os nossos países por via aérea. Países há em África que para alguém se deslocar a um país vizinho, se for por via aérea, primeiro vai a Europa para depois vir a África”, disse o Presidente de Moçambique, em Kigali, capital do Ruanda, no âmbito da visita que realiza àquele país.

Num encontro com empresários ruandeses, Daniel Chapo apresentou as potencialidades de Moçambique em vários domínios, incluindo a agricultura, turismo e energia, tendo defendido o fortalecimento da cooperação económica entre os dois países.

“Falei também ontem (quarta-feira) isto com o Presidente da República do Ruanda, Paulo Kagame, que há necessidade de fazer ligação aérea entre os nossos dois países, Kigali-Maputo, Maputo-Kigali”, disse Daniel Chapo, pedindo mais cooperação entre os empresários moçambicanos e ruandeses.

“Nós como Moçambique vemos no Ruanda um parceiro com reconhecida experiência em inovação, digitalização e gestão urbana moderna. Juntos podemos construir parcerias complementares com Ruanda como polo de inovação em serviços e Moçambique como polo de energia e mercados”, referiu o chefe de Estado moçambicano.

Chapo quer ainda que empresários dos dois países se unam na criação de empreendimentos que geram empregos e mais oportunidades de negócios para os cidadãos, defendendo que o objetivo é a criação de indústrias africanas integradas, de empresários africanos capazes de tornar o continente competitivo e autossuficiente.

“Convidamos-vos a todos a olhar para Moçambique como vosso parceiro estratégico da África Austral. Vamos explorar parques industriais, trocar experiências na gestão de cidades, expandir a nossa cooperação em setores como agricultura, energia, logística, serviços e também digitalização. A nossa visão é de uma parceria onde todos ganham”, disse Chapo.

Na quarta-feira, o Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, manifestou interesse em estreitar as relações de cooperação com o Ruanda nas áreas de economia e comércio, afirmando a necessidade de operacionalizar os instrumentos já assinados entre dois países.

“O Presidente, [Paul] Kagame e eu tivemos encontros (…) onde avaliamos o atual estágio de cooperação bilateral e concluímos que as nossas relações atravessam um bom momento. Entretanto, notamos que há necessidade de operacionalizar os instrumentos já assinados entre os nossos dois países, bem como reforçar as relações bilaterais na vertente económica e comercial”, disse Daniel Chapo, ao chegar naquele país africano para uma visita de dois dias, a convite do homólogo, Paul Kagame.

Atualmente, os dois países cooperam, principalmente, na área militar com uma força de mais de dois mil militares ruandeses no combate desde 2021 aos grupos extremistas que operam na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, protegendo nomeadamente a área em que a francesa TotalEnergies tem nesse empreendimento para explorar GNL, após acordo entre os dois governos, segundo dados oficiais.

Esta força começou a ser reforçada em abril de 2024, na sequência da saída progressiva da missão militar dos países da África austral.

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