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Primeiras-ministras: Pioneira portuguesa sem seguidoras por cá e com poucas lá fora

Maria de Lourdes Pintasilgo tomou posse há 40 anos, poucos meses após Margaret Thatcher tornar-se a primeira mulher a liderar um governo num país europeu. Nunca mais houve uma primeira-ministra em Portugal, e casos de sucesso comoAngela Merkel não escondem que uma dúzia de países da UniãoEuropeia nunca foram governados por uma mulher.
11 Agosto 2019, 10h00

Um pequeno despacho de um homem permitiu um grande salto para a igualdade. Na próxima quarta-feira faz 40 anos que Ramalho Eanes nomeou Maria de Lourdes Pintasilgo primeira-ministra de Portugal – mais precisamente, como se pode consultar no Diário da República, “primeiro-ministro” -, incumbindo-a de formar o terceiro e último governo de iniciativa presidencial que antecedeu a conquista do poder pela Aliança Democrática de Francisco Sá Carneiro e Diogo Freitas do Amaral nas eleições intercalares de 2 de dezembro de 1979.

A engenheira química tinha então 49 anos, a experiência de ter sido ministra dos Assuntos Sociais no segundo e terceiro governos provisórios e uma aura de católica de esquerda, tendo formado um executivo com figuras como Sousa Franco, Loureiro dos Santos e Costa Brás, que governou apenas 186 dias e teve uma produção legislativa tão impressionante quanto consecutivamente revogada pelos governos de centro-direita que se lhe seguiriam. Um Portugal mais conservador do que os ventos revolucionários deixavam adivinhar tornou-se então o segundo país europeu a ter uma primeira-ministra, com Eanes a seguir o exemplo do eleitorado do Reino Unido – habituado desde há décadas a ter Isabel II na chefia de Estado -, que entregara três meses antes as chaves do número 10 de Downing Street a Margaret Thatcher, de 53 anos, líder do Partido Conservador desde 1975.

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Artigo publicado na edição nº1999 de 26 de julho de 2019, do Jornal Económico.

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