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Primeiro-ministro considera que foi “além do exigível” nos esclarecimentos

“Prestei todos os esclarecimentos, sinceramente, que é possível prestar e acho que fui muito mais além do que é exigível. Eu expus a minha vida pessoa, profissional e até familiar de uma forma que nunca vi ninguém fazer”, afirmou o chefe do executivo, no debate sobre a moção de censura ao Governo PSD/CDS-PP apresentada pelo Chega, depois de ter detalhado no início do debate o histórico e as atividades da sua empresa familiar.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, intervém durante o debate sobre o Estado da Nação, na Assembleia da República, em Lisboa, 17 de julho de 2024. ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA
21 Fevereiro 2025, 17h52

O primeiro-ministro considerou hoje que foi “além do exigível” nas suas explicações sobre a empresa da família e defendeu que expôs argumentos suficientes para que os portugueses confiem na sua integridade.

“Prestei todos os esclarecimentos, sinceramente, que é possível prestar e acho que fui muito mais além do que é exigível. Eu expus a minha vida pessoa, profissional e até familiar de uma forma que nunca vi ninguém fazer”, afirmou o chefe do executivo, no debate sobre a moção de censura ao Governo PSD/CDS-PP apresentada pelo Chega, depois de ter detalhado no início do debate o histórico e as atividades da sua empresa familiar.

Luís Montenegro disse não querer qualquer crédito por isso e que o fez para cumprir um princípio: “Não é possível chefiar um Governo, não é possível liderar um país com nenhuma nuvem de suspeição sobre a idoneidade e a integridade do primeiro-ministro”.

O chefe do executivo manifestou a sua convicção de que expôs argumentos suficientes para que “as portuguesas e os portugueses possam confiar na integridade do seu primeiro-ministro”.

“Mas, neste como em todos os casos, se alguém tiver alguma informação, se tiver algum facto que possa colocar em causa a integridade do primeiro-ministro, coloque a questão no sítio próprio”, desafiou.

O social-democrata defendeu ainda a lei dos solos apresentada pelo Governo, e que está em apreciação parlamentar, salientando que atinge apenas “cerca de 1% dos terrenos rústicos em Portugal”.

Montenegro insistiu que o objetivo do Governo com a polémica lei dos solos é o de “aumentar a oferta da habitação a preços acessíveis, a preços moderados”.

“O Governo pretendeu dar às câmaras municipais e às assembleias municipais a possibilidade em concreto, no seu território, de identificarem terrenos rústicos contíguos aos núcleos urbanos consolidados, poderem dar-lhes no fundo um prolongamento da malha urbana para termos mais capacidade de oferta de terrenos, diminuindo o seu preço, impondo regras para que a habitação que ali fosse construída fosse disponibilizada no mercado a custos moderados para que o regime fosse aplicado”, sublinhou, em resposta a perguntas colocadas pelo Livre e PCP, que contestam esta lei.

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