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Primeiro pavilhão olímpico de Gelo em Portugal vai ser construído no Seixal

A cerimónia de assinatura do protocolo para o desenvolvimento do projeto, que deverá custar 10 milhões de euros, decorreu no encerramento da 41.ª Seixalíada, no fim de semana passado.
28 Outubro 2024, 19h38

O primeiro pavilhão olímpico de Gelo em Portugal vai ser construído no Seixal, de acordo com a Federação de Desportos de Inverno de Portugal (FDI-Portugal), que prevê investir 10 milhões de euros num projeto apresentado como “um marco histórico para o desenvolvimento dos desportos de inverno” em território português.

A cerimónia de assinatura do protocolo para o desenvolvimento do projeto, no qual está envolvido a Câmara Municipal do Seixal, decorreu no encerramento da 41.ª Seixalíada.

Com um prazo de construção estimado de três anos, o projeto apresenta-se como uma oportunidade para “alavancar as modalidades de gelo em Portugal”, como o hóquei no gelo, curling, patinagem de velocidade (short track), patinagem artística e várias competições internacionais.

Pedro Flávio, presidente da FDI-Portugal, qualifica o futuro Pavilhão de Desportos de Inverno como “um equipamento estratégico para a formação e treino dos nossos atletas, contribuindo diretamente para o desenvolvimento das nossas seleções nacionais e elevando o nível competitivo dos desportos de inverno em Portugal”, ao mesmo tempo que abre caminho para que Portugal “se torne um destino atrativo para estágios, torneios e competições de nível internacional”.

“Há 15 anos muitos questionaram a construção do Velódromo de Sangalhos, hoje percebe-se que o ouro e prata de Paris tinha sido impossível sem esse investimento. O Seixal revelou-se uma escolha natural pelo apoio demonstrado pela Câmara Municipal. Ao longo do processo, ficou claro que o Município estava empenhado em fazer parte de um momento tão importante para o crescimento dos desportos de inverno em Portugal. E será também muito relevante para o trabalho de desenvolvimento desportivo e de intervenção social que a Federação pretende levar a cabo junto da comunidade, nomeadamente juntos das associações e coletividades do concelho”, acrescenta o mesmo responsável, citado em comunicado.

Do lado da autarquia seixalense, o presidente da Câmara, Paulo Silva, afirmou que o projeto “será também uma forma de incrementar a atratividade do município e potenciar o concelho dos pontos de vista económico e social, trazendo uma ideia que considero deveras original”.

Para o autarca, o pavilhão olímpico de Gelo “resultará, certamente, num caso de sucesso pois permitirá dar uma nova vida à economia local, atrair inúmeros visitantes nacionais e estrangeiros e, eventualmente, vir a contribuir para a formação de desportistas e campeões nestas modalidades pois a futura pista de gelo terá as dimensões olímpicas”.

Em comunicado, as partes envolvidas no projeto, que irá nascer num terreno cedido pela Câmara Municipal, apontam para a “localização estratégica do Seixal, a apenas 15 minutos de comboio de Lisboa e junto da autoestrada A2”, que foi determinante para a escolha do local.

O pavilhão terá uma capacidade de mil lugares e estará equipado com tecnologias sustentáveis e energias alternativas, recorrendo a fontes renováveis “como parte do compromisso com a sustentabilidade”. A infraestrutura contará, ainda, com uma zona de restauração, uma loja de desporto, um ginásio e uma clínica médica.

 

 

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