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Procura excede a oferta e preços subiram 12% face a 2019. Pandemia não afeta imobiliário na Alemanha

O preço do metro quadrado atinge os oito mil euros em Munique, os 5.800 euros em Frankfurt e quase cinco mil euros na cidade de Hamburgo, enquanto a média nacional é de três mil euros.
  • 3. Alemanha – a maior economia da Europa, contribui para a acumulação de riqueza individual.
27 Setembro 2020, 15h23

Apesar da economia germânica ter caído quase 10% e do desemprego ter aumentado, a pandemia da Covid-19 não afetou o setor imobiliário, não se registando uma desaceleração nos preços da habitação, num país onde 60% da população vive em casas arrendadas, segundo conta o jornal “El Economista” este domingo, 27 de setembro.

No segundo trimestre do ano os preços das casas aumentaram em média 2% face trimestre anterior 6,6% em comparação com o período homólogo de 2019, de acordo com dados do Instituto Federal de Estatísticas alemão. Em termos semestrais, os preços dos imóveis na Alemanha subiram 6,2% na primeira metade de 2020 em relação ao final de 2019 e 12% em relação a todo o ano anterior.

Um dos motivos para este crescimento prende-se com o facto de a procura por habitação nas grandes cidades ser maior do que a oferta, o que tem levado a um aumento dos preços desde 2009. Outra razão deve-se à chegada de imigrantes, bem como a falta de terrenos para construção e de verificar uma quase ausência de licenças de construção concedidas em relação à procura.

Os terrenos para construção atingiram preços recordes na Alemanha em 2019, de 189,5 eurosm2, em comparação com os 122eurosm2 que se observavam em 2009.

Até 2009, os preços de compra em cidades  como Munique, Hamburgo ou Frankfurt, eram baixos quando comparados com outras grandes cidades europeias. Contudo, dez anos volvidos, o preço de compra por habitação atinge os oito mil euros em Munique, os 5.800 euros em Frankfurt e quase cinco mil euros na cidade de Hamburgo, enquanto a média nacional é de três mil euros.

Para o segundo semestre a incerteza é a palavra de ordem, devido à segunda vaga de infecções por Covid-19, que poderá fazer quebrar o mercado de trabalho e posteriormente a evolução dos salários. Por outro lado, o teletrabalho pode provocar uma nova tendência na procura por habitação, dado que a distância e o tempo de deslocação para o local de trabalho deixará de ser uma preocupação.

“O teletrabalho aumentou muito e, portanto, a procura por escritórios pode cair” refere o economista do Deutsche Bank, Jochen Möbert à agência “EFE”.

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