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Produção de “ouro negro” na Venezuela desce para o nível de há 30 anos

A Venezuela tem visto a produção de petróleo cair nas últimas três décadas, mas o país possui as maiores reservas do mundo.
18 Março 2019, 07h46

A Venezuela dispõe de 17,9% das reservas de petróleo em todo o mundo, à frente da Arábia Saudita (15,7%), Canadá (10,0%) e Irão (9,3%), segundo dados do grupo petrolífero britânico BP. “A Venezuela, que estimamos que detém 303,2 mil milhões de barris de reservas ultrapassa a Arábia Saudita, mas uma grande parte do seu petróleo é muito pesado e por isso é mais custosa a extração”, diz um responsável da Agência Internacional de Energia (AIE), citado pela agência France Press.

Contudo, a produção da Venezuela afundou-se e, atualmente, está no nível mínimo dos últimos 30 anos. A Venezuela, que produzia mais de três milhões de barris por dia nos anos 1990, produziu em 2018 apenas 1.339 milhões de barris, segundo dados da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), da qual o país é membro e assegura este ano a presidência rotativa.

A Venezuela tem a gasolina mais barata do mundo. Um litro de super, a mais usada, custa 0,01 dólares por litro (0,009 euros). Para se ter um termo de comparação, os habitantes sabem que um litro de combustível é vinte vezes mais barato do que uma garrafa de água pequena. De acordo com o site GlobalPetrolPrices, Sudão, Irão, Koweit, Argélia, Nigéria e Egito são os outros países, após a Venezuela, com a gasolina mais barata.

Em janeiro, para apoiar Guaidó, a administração norte-americana de Donald Trump aplicou sanções à petrolífera estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA). As sanções congelaram todos os recursos que a petrolífera venezuelana tem no território norte-americano e proibiu os cidadãos e empresas norte-americanas de se relacionarem com a PDVSA.

A Venezuela precisa desesperadamente de vender o “ouro negro” aos Estados Unidos. Segundo a Reuters, em janeiro, a Venezuela produziu 1,17 milhões de barris diários. Em novembro de 2018, de acordo com as contas da Administração de Informação de Energia, chegavam aos EUA 560 mil barris de petróleo da Venezuela todos os dias.

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