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Professores denunciam “injustiça” do Ministério da Educação de Cabo Verde

A “grande surpresa”, segundo Norberto Tavares, foi que aquando da publicação no Boletim Oficial, o grupo deu conta que os professores que obtiveram mestrado e doutoramento no ano indicado não foram incluídos na lista publicada.
3 Janeiro 2020, 15h05

Um grupo de professores com mestrado concluído em 2015 reclamaram a “injustiça” de que foram alvo por parte do Ministério da Educação cabo-verdiano ao verem os seus nomes retirados da lista de reclassificados em dezembro de 2019.

Em declarações à imprensa, após uma tentativa de desmarcação da conferência convocada pelo grupo de professores filiados, no Sindicato Democrático dos Professores (SINDPROF), Norberto Tavares avançou que o estatuto do pessoal docente preconiza a reclassificação de professores que terminassem novas formações até 31 de dezembro de 2015.

Face ao estipulado, o porta-voz dos professores, que se autointitulam de injustiçados, realçou que foi feito um trabalho de sensibilização junto do ministério, tendo o grupo recebido resposta no sentido de que o processo iria ser avaliado de acordo com o Estatuto da Carreira do Pessoal Docente.

“Recebemos um ‘feedback’ positivo quanto ao processo, que depois foi reconfirmado pela ministra no programa ‘A Entrevista’, da TCV, e ouvida por todo Cabo Verde quando disse que iria classificar todos os professores que conseguiram novos graus académicos até 31 de dezembro”, disse Norberto Tavares.

A “grande surpresa”, segundo Norberto Tavares, foi que aquando da publicação no Boletim Oficial, o grupo deu conta que os professores que obtiveram mestrado e doutoramento no ano indicado não foram incluídos na lista publicada.

Então, explicou, o grupo procurou informações sobre a razão de terem sido retirados da lista, mas a justificação, segundo disse, foi “simples e curta”, ou seja, de que os nomes foram retirados por um dirigente do Ministério da Educação cabo-verdiano.

Neste âmbito, o grupo apela a todos os professores para se unirem e fazer uma revisão mais detalhada sobre o Estatuto, principalmente, no que diz respeito a reclassificação. “O Ministério da Educação, até o momento, não nos deu qualquer explicação, pelo que queremos que alguém de direito nos justifique tal medida”, questionou-se sobre o assunto.

Além desta “injustiça”, o grupo manifestou ainda surpresa por, após ter marcado uma conferência de imprensa no sindicato a que estão filiados, terem chegado ao local e encontrado a porta fechada e alguém a tentar desmarcar o encontro sem que fossem avisados. Os visados consideraram estranha tal atitude, pelo que esperam uma explicação do Sindprof, sindicato no qual estão filiados.

Filiados no Sindicato Democrático dos Professores (Sindprof), o grupo de professores que concluiu o mestrado no ano de 2015 afirmam querer explicações sobre o porquê dos seus nomes terem sido retirados da lista dos 60 professores reclassificados no passado 18 de dezembro, de acordo com o Boletim Oficial II série do mesmo dia.

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