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“Professores e escolas sem perspetivas de receberem computadores”, diz presidente de Associação de Escolas Públicas

O Governo prometeu o reforço de computadores para escolas públicas e privadas. No entanto, o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas diz que não há indícios para que tal aconteça.
16 Fevereiro 2021, 08h15

O ensino à distância regressou na semana passada, mas a falta de computadores continua a ser um problema não só para os alunos, como também para os professores. Segundo contou ao Jornal Económico o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima, não existem perspetivas de reforço de computadores para professores ou nas escolas.

Na perspetiva de Filinto Lima, “o ministério devia dar indícios de distribuição de computadores para professores e escolas”. “Somos mais de 100 mil professores, nem um teve a título de empréstimo facultado pelo Ministério da Educação”. “Se o professor não tem direito a uma cedência temporária é desmotivador para algumas pessoas”, completa.

Segundo o presidente da ANDAEP, tanto professores como alunos reforçaram “as competências digitais” e recorrem “cada vez mais ao digital”. No entanto, à chegada às escolas, “os computadores são os mesmos, não são melhores”, assegura Filinto Lima.

Como muitos docentes não têm possibilidades de trabalhar a partir de casa vão para as escolas, uma situação relatada por Filinto Lima, mas que também já tinha sido denunciada pela FENPROF.

Apesar de tentarem contornar o problema de não terem material suficiente em casa para trabalhar, os professores não têm mais sorte quando se deslocam à escola sendo que as condições dos materiais informáticos nas escolas não são de grande qualidade, segundo a ANDAEP

A 4 de fevereiro, o Governo aprovou, em Conselho de Ministros (CM) o reforço de verbas para a compra de computadores.

Em comunicado, o Executivo de António Costa apontou que a despesa destinava-se ao acesso e utilização de recursos didáticos, “nos estabelecimentos de ensino públicos e particulares e cooperativos”. Apesar da promessa, não foi dada uma data de quando se vai realizar a entrega deste material.

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