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Professores: Governo reúne de emergência a partir das 10 horas

Núcleo duro do Governo vai-se reunir em São Bento para debater a aprovação da recuperação integral do tempo de serviço dos professores que vai ter um impacto de 635 milhões de euros nas contas públicas.
  • Miguel A. Lopes/Lusa
3 Maio 2019, 08h41

O Governo vai se reunir de emergência na manhã desta sexta-feira, 3 de maio. Em cima da mesa vai estar a aprovação da recuperação do tempo integral de serviço dos professores, aprovada na quinta-feira, e o seu impacto negativo de 635 milhões de euros nas contas públicas, nas contas de Mário Centeno. A medida foi aprovada por uma “coligação negativa” formada pelo PSD, CDS, Bloco de Esquerda e PCP.

A reunião vai ter lugar em São Bento e vai contar com a presença do primeiro-ministro e com o “núcleo duro” do Governo, incluindo o ministro do Planeamento e das Infra-estruturas Pedro Nuno Santos. A reunião vai ter início a partir das 10 horas, apurou o Jornal Económico junto de fonte do Governo.

Na reunião também vão estar presentes os ministros das Finanças, Mário Centeno, da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, do Trabalho, Vieira da Silva, da Presidência, Mariana Vieira da Silva, dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, e também o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, segundo avança o Diário de Notícias.

A recuperação integral do tempo dos professores foi aprovada na quinta-feira na Comissão Parlamentar de Educação e Ciência. O diploma final que irá consagrar a recuperação dos nove anos, quatro meses e dois dias exigidos aos professores será aprovado até 15 de maio. A contagem em vigor prevê a devolução de dois anos, nove meses e 18 dias.

Segundo o DN, o primeiro-ministro considera que a aprovação do tempo integral “é muito grave”. Uma fonte próxima de António Costa diz que “todas as opções estão em aberto”.

O primeiro-ministro conta com o Presidente da República para vetar o diploma aprovado na votação na especialidade.

Por sua vez, o presidente do PS abriu a porta a uma demissão do Governo depois  da aprovação desta medida.

“É legítimo pensar-se que o PS não pode assumir responsabilidades de governo quando entende que as políticas a que fica obrigado tornam essa gestão insustentável”, disse Carlos César, em declarações ao jornal “Público”.

 

https://jornaleconomico.pt/noticias/contagem-integral-do-tempo-de-servico-dos-professores-foi-aprovada-439770

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