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Projeto da Universidade Nova finalista em concurso internacional para criar cidades mais sustentáveis

Projeto-piloto desenvolvido pela Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), da Universidade Nova de Lisboa, que quer transformar a capital portuguesa numa referência mundial em saúde pública até 2025, é um dos dez finalistas do “Healthy Cities Challenge”, criado pela Novo Nordisk e a C40 Cities.
21 Agosto 2024, 15h31

O projeto-piloto desenvolvido pela Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), da Universidade Nova de Lisboa, é um dos dez finalistas do “Healthy Cities Challenge”, criado pela Novo Nordisk e a C40 Cities. O objetivo passa por transformar a capital portuguesa numa referência mundial em saúde pública até 2025.

Esta iniciativa tem como objetivo desafiar organizações sem fins lucrativos e instituições académicas a desenvolver ideias inovadoras que contribuam para criar cidades mais saudáveis, mais verdes e mais sustentáveis, tendo recebido 90 propostas de 34 países a nível mundial.

No caso de Portugal, o projeto “Lisbon: City of Public Health 2025” desenvolvido por Carolina Santos (coordenadora do projeto), Ana Gama, Sónia Dias, Susana Viegas e Isabel Andrade, pretende transformar o campus da ENSP num espaço seguro e acessível para que “as pessoas se relacionem com a natureza e participem em diversas iniciativas de promoção da saúde, destinadas a melhorar a saúde física e mental, tanto na ENSP NOVA, como na comunidade local”, pode ler-se em comunicado.

Para que tal possa ser possível, o projeto pretende criar uma biblioteca colaborativa, localizada ao ar livre, e um circuito de lazer que incentiva a prática de exercício e uma mobilidade mais sustentável. Os autores desta iniciativa defendem que Lisboa enfrenta grandes desafios em termos de saúde pública, entre os quais a prevenção e gestão de doenças crónicas (como a obesidade e a diabetes) e a promoção da saúde mental.

“É urgente reduzir as desigualdades sociais em saúde e modernizar a infraestruturas dos serviços de saúde, pelo que este projeto-piloto surge como resposta a esses desafios e está alinhado com as tendências globais de promover cidades cada vez mais saudáveis e sustentáveis e políticas de saúde pública integradas”, apontam os autores.

Apesar desta lista de dez finalistas, apenas três projetos serão premiados em outubro com uma bolsa de cerca de 92 mil euros, atribuída pela Novo Nordisk.

Paula Barriga, diretora geral da Novo Nordisk refere que “existem diversas associações em Portugal que trabalham diariamente para promover a igualdade de acesso a oportunidades de vida saudável no espaço urbano. Esse é precisamente o objetivo desde desafio”.

Por sua vez,  Jo Jewell, diretor do Cities for Better Health, assume estar “muito impressionado com a qualidade das propostas recebidas, de todo o mundo”, apelando a todos os que se candidataram e que “acreditam que uma boa ideia pode melhorar a saúde das pessoas que vivem nas cidades”.

Já Sónia Dias, diretora da ENSP Nova, destaca que “o papel da academia deve ser, cada vez mais, de abertura à sociedade e de envolvimento e transformação das e com as comunidades”.

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