Há mais portugueses a investir no projeto da mina de lítio de Boticas. Desde o ano passado que o peso dos cidadãos nacionais na cotada aumentou. Se em 2023 a percentagem ficava abaixo de 1%, o peso da comitiva lusa aumentou para mais de 7,5%.
O mais curioso neste movimento é que entre os novos acionistas encontram-se pessoas da região.
“Os novos acionistas incluem pessoas de todo o país, com preponderância para o Norte e participação crescente de investidores de retalho de Boticas e das aldeias da região do Barroso. Portugal caminha para ser, ao dia de hoje, um dos países mais representados na estrutura de capital da Savannah”, disse a empresa hoje em comunicado. Entre os outros países encontram-se o Reino Unido, Austrália, Omã e países nórdicos.
A acompanhar este movimento estão vários bancos nacionais, mas também plataformas de trading de retalho que ” permitem a negociação de ações da empresa a partir de Portugal, apesar desta estar cotada na bolsa de Londres”.
O CEO da empresa, Emanuel Proença, disse em comunicado: “Temos trabalhado arduamente nos últimos meses para tornar a Savannah mais Portuguesa, e para explicar melhor aos portugueses os méritos e a oportunidade que o Projeto de Lítio do Barroso representa. Assegurar que Portugueses podem beneficiar do projeto em todas as suas vertentes (como colaboradores, fornecedores e parceiros, mas também como investidores) e assim participar ativamente na transformação económica associada à transição energética na Europa entusiasma-nos. É muito gratificante ver a resposta até à data dos investidores portugueses, e trabalharemos para honrar a responsabilidade que nos é colocada e continuar a merecer confiança crescente de todos”.
A companhia espera arrancar com a produção em 2026, com a criação de 300 empregos.
A empresa diz estar “empenhada em desenvolver e operar o projeto de forma segura e responsável, cumprindo todos os requisitos ambientais estabelecidos pelas entidades reguladoras e fiscalizadoras, elaborando relatórios transparentes e assegurando que as estruturas sociais e económicas existentes na região são respeitadas”.
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