O ministro da Energia de Cabo Verde disse à Lusa que os projetos no âmbito do acordo de troca de dívida por investimentos climáticos com Portugal estão a avançar, salientando que já foi criado legalmente o fundo climático e ambiental.
Em declarações à Lusa, à margem da II Conferência de Energia da CPLP, que terminou quarta-feira, no Estoril, Alexandre Monteiro disse que “o acordo [com Portugal] primeiro destina-se a financiar projetos climáticos e estes estão a avançar” e acrescentou que já foi criado legalmente o fundo climático e ambiental.
“Está-se em processo da sua operacionalização e, como tudo o que é novo, e é uma solução inovadora que está a ser testada, ficam sempre alguns pontos para a sua harmonização”, admitiu o ministro, sublinhando que “é um processo gradual e progressivo, que avança à medida que outros aspetos também estão a ser trabalhados”.
Alexandre Monteiro afirmou que há projetos que já estão a avançar no âmbito do acordo, como o parque solar de 10 megawatts na ilha de Santiago.
“Já foi feito o concurso, já foi feita a pré-qualificação e, neste momento, as empresas já apresentaram as propostas e estas estão em avaliação, de acordo com o cronograma que estava traçado”, afirmou.
Segundo o ministro, há dois aspetos a salientar, “um que tem a ver com a instalação de um instrumento novo criado (… ), e já se avançou muito no aspeto legal, aprovado por lei mesmo na Assembleia [Nacional], mas há outros aspetos a serem concertados, nomeadamente a estrutura de governança (…), em articulação com Portugal”.
Alexandre Monteiro afirmou que “o fundo está a arrancar na fase piloto, mas tem uma ambição maior”.
Além do acordo que Cabo Verde já celebrou com Portugal, que vai até 2027, o ministro lembrou que o fundo “é aberto (…) também a outros parceiros”.
Quanto ao projeto da Cabeólica de expansão de um parque eólico na cidade da Praia, capital de Cabo Verde, anunciou que vai arrancar no final deste ano, porque os equipamentos chegarão “entre julho e agosto” (turbinas e baterias) e está tudo estudado e assegurado, em termos de logística, para o seu transporte até à zona do parque, no porto.
“Os equipamentos, quer as turbinas e (…) a infraestrutura das turbinas eólicas foram também importadas e encomendadas (…) e está previsto que a partir do mês de julho/agosto começarão a chegar ao país “, já com a construção civil da zona de expansão iniciada para os receber, adiantou.
“Até final do ano” o parque “começa a funcionar”, produzindo energia para a rede, concluiu o ministro.
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