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“Protejam-se”. Jovens adultos infetados avisam mais novos para os perigos da Covid-19

Os dados iniciais mostravam que pacientes com doenças crónicas e pessoas mais velhas eram mais propícias a ser infetadas pelo novo coronavírus, até os mais jovens começarem a ir ao hospital com sinais de infeção em estado mais avançado.
António Cotrim/Lusa
26 Março 2020, 12h37

A ideia de que apenas as pessoas mais velhas estão susceptíveis ao novo coronavírus não corresponde à verde e as norte-americanas Valerie Wilson e Fiona Lowenstein, de 34 e 26 anos, respetivamente, são a prova disso. Embora muitos millennials estejam a cumprir as regras, outros quebram-nas e estão convictos que o vírus não as afeta ou que, em último caso, não lhes causa a morte.

Wilson e Lowenstein também acreditavam que eram demasiado jovens para serem infetadas com o vírus, até ao dia em que os testes se revelaram positivo, assumem à ‘CNN’. Atualmente, apresentam um estado de saúde estável, mas ainda estão a recuperar da infeção da Covid-19.

Os dados iniciais mostravam que os pacientes com doenças crónicas e pessoas mais velhas eram mais propícias às infeções pelo novo coronavírus, até os mais jovens começarem a ir ao hospital com sinais de infeção ou em estado mais avançado.

Valerie Wilson, de 34 anos, rejeitou os sintomas quando começou a ficar doente, pensando tratar-se de uma constipação ligeira. A sintomatologia era cansaço extremo e uma febre ligeira, mas só quando perdeu o olfacto e o paladar percebeu tratar-se de algo mais grave e associou ao Covid-19. Também o seu médico rejeitou a hipótese de que Wilson estaria infetada, e só após desenvolver uma tosse forte pediu para ser analisada.

Com doença de Lyme e um distúrbio auto-imune, Wilson chegou a pensar no pior, assumiu a própria à ‘CNN’. Desta forma, Valerie Wilson pede aos mais jovens para ficarem em casa e protegerem-se. “Todos precisamos de estar conscientes de que podemos ter alguma doença que nos torne mais suscetíveis a esse vírus”, afirmou.

 

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Também Fiona Lowenstein nunca pensou na possibilidade de ficar infetada, e pensou que a sua idade seria um travão ao vírus. A 13 de março desenvolveu um febre mas rapidamente o seu pensamento inicial foi colocado de parte quando começou a desenvolver tosse.

No dia 16, Lowenstein “não conseguia falar, não conseguia andar e não conseguia comer” e acabou por se deslocar às urgências. Agora, associado a esses sintomas percebe que também tinha falta de ar e lhe custava respirar. Até aos próximos testes acusarem negativo, a jovem de 26 anos tem de se manter isolada

Segundo um estudo do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças citado pela ‘CNN’, cerca de 20% dos norte-americanos que se encontram hospitalizados com o vírus têm entre os 20 e os 44 anos de idade. A responsável da Casa Branca para o coronavírus admitiu que “os relatórios de França e Itália, sobre jovens estarem gravemente doentes, são preocupantes”.

 

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