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Protestos contra recolher obrigatório nos Países Baixos continuaram pela terceira noite consecutiva

“É inaceitável. Todas as pessoas vão ver isto com horror”, disse o primeiro-ministro holandês, acrescentando que “o que motivou estas pessoas não tem nada a ver com protestos, é violência criminosa e vamos tratá-la como tal”.
  • EPA
26 Janeiro 2021, 09h23

A polícia holandesa deteve mais de 150 pessoas na terceira noite de protestos nos Países Baixos, com vários manifestantes a atear fogos, atirar pedras e a saquear lojas contra o recolher obrigatório decretado pelo governo, revela a “Reuters” esta terça-feira, 26 de janeiro.

A “BBC” avança que em Roterdão, a polícia disparou tiros de aviso para o ar e também gás lacrimogénio contra os manifestantes, depois de uma ordem de emergência do autarca falhar em demover os cidadãos que estavam na protestar na cidade.

O primeiro-ministro, Mark Rutte, já veio condenar os protestos em várias cidades e referiu-se a estes como “violência criminal”. “É inaceitável. Todas as pessoas vão ver isto com horror”, disse o primeiro-ministro a jornalistas durante os protestos, acrescentando que “o que motivou estas pessoas não tem nada a ver com protestos, é violência criminosa e vamos tratá-la como tal”.

Os Países Baixos decretaram recolher obrigatório, pela primeira vez após a Segunda Guerra Mundial, depois do Instituto Nacional da Saúde mostrar alguma preocupação devido à variante britânica que se encontra em circulação. Os protestos começaram durante o fim de semana depois do aumento de restrições, uma vez que o país verificava um declínio no número de novas infeções, quando o governo anunciou novas medidas.

Em Roterdão, dez polícias ficaram feridos e foram detidos 60 manifestantes durante a terceira noite de protestos. Por sua vez, dois fotógrafos ficaram feridos em Amesterdão e outro ficou ferido em Haarlem devido ao arremesso de pedras.

Atualmente, o recolher obrigatório funciona das 21 horas às 4:30 horas do dia seguinte, sendo esta uma das medidas mais restritivas aplicadas pelo governo holandês. Os cidadãos que sejam apanhados a quebrar a quarentena, sem apresentar justificação, serão multados em 95 euros.

Os restaurantes e bares do país estão encerrados desde o passado mês de outubro, enquanto as escolas e lojas de bens não essenciais encerraram portas no mês de dezembro. Além do fecho do comércio no país, os Países Baixos fecharam as fronteiras com o Reino Unido, África do Sul e América do Sul devido às novas variantes do vírus.

Até à data, os Países Baixos contabilizaram um total de 12.579 óbitos e 952.950 infeções.

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