O PS faz um juízo inicial “negativo” às alterações anunciadas pelo Governo às leis de estrangeiros e da nacionalidade, manifesta-se preocupado com o seu impacto social e quer saber se foram acauteladas com os agentes económicos.
Estas posições sobre as medidas aprovadas na segunda-feira em Conselho de Ministros foram assumidas pelo líder parlamentar interino do PS, Pedro Delgado Alves, em que procurou salientar a abertura dos socialistas para o diálogo e em que disse esperar que o executivo PSD/CDS não avance com as alterações “de forma súbita”.
“O balanço inicial que fazemos não é positivo. Esperamos que haja disponibilidade da parte do Governo para não embarcar numa alteração súbita, sem discussão de muitas matérias que têm obtido um consenso alargado ao longo dos anos”, advertiu o presidente interino da bancada socialista.
Segundo Pedro Delgado Alves, numa primeira análise, apenas tendo por base a documentação distribuída pelo executivo PSD/CDS e o conteúdo da conferência de imprensa do ministro da Presidência, António Leitão Amaro, deteta-se já que “algumas matérias geram preocupação ao PS”.
“No que diz respeito às leis dos estrangeiros e da nacionalidade, é fundamental que se mantenha um consenso em torno da evidência dos factos – e ser essa a base para as alterações legislativas”, advertiu o dirigente socialista.
Ou seja, de acordo com Pedro Delgado Alves, as medidas a aprovar pelo executivo PSD/CDS não devem assentar “em perceções”.
“E este ponto é muito importante porque representa algo transversal a estas medidas. Estamos perante um conjunto de alterações que não percebemos como resolvem diretamente problemas que o Governo tenta identificar”, justificou.
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