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“PS foi a São Bento fazer exigências e preparar ato eleitoral”, refere André Ventura

“Parece me evidente que ficaria praticamente impossível ao Governo ceder em matérias de IRS, IRC ou até numa série de outras matérias que vimos há bocado o secretário do PS referir”, declara o líder do Chega.
27 Setembro 2024, 19h07

O líder do Chega, André Ventura, refere que o discurso de Pedro Nuno Santos “não é surpreendente”. “O Partido Socialista (PS) nunca teve nenhuma vontade nem de viabilizar nem de negociar, o PS quis fazer hoje um ato de campanha eleitoral”.

“A questão do IRC é gritante. Temos uma carga fiscal elevadíssima em Portugal, muitas destas empresas são pequenas e médias, o que o PS está a dizer ao Governo é cortem todas as amarras com a direita e fiquem dependentes do PS”, salienta André Ventura.

Na opinião do líder do partido, “o PS não foi a São Bento propor ou negociar ou ser responsável, foi fazer exigências que sabe serem irrealistas e foi a São Bento preparar um ato de campanha eleitoral”. “Parece me evidente que ficaria praticamente impossível ao Governo ceder em matérias de IRS, IRC ou até numa série de outras matérias que vimos há bocado o secretário do PS referir. Seria profundamente injusto e profundamente errado que um Governo que começou uma trajetória de descida de impostos decidisse agora voltar atrás por exigência do PS, de quem retirámos do poder no dia 10 de março”, sublinha Ventura.

Apesar da situação não se mostrar muito positiva para a viabilização este Orçamento de Estado (OE2025), André Ventura refere que “foi o Governo que se colocou nesta situação”.

“Nós tudo faremos para evitar uma crise política, tudo faremos para evitar que o país seja empurrado para novas eleições no início do próximo ano ou no final deste, tudo faremos, menos perder a nossa identidade, perder a identidade que o partido tem e as bandeiras que os eleitores nos atribuíram”, declara o líder do Chega.

Perante esta situação de impasse, Ventura avança que decidiu convocar a direção nacional do partido “para poder discutir a situação orçamental e a do país nos próximos meses, sendo certo que tudo faremos para evitar uma crise política, uma dessas coisas não é vender a nossa identidade, nem vender as nossas bandeiras, uma vez que foi por culpa do Governo que ficámos nesta situação”.

O partido declara, mais uma vez, que não vai viabilizar o OE2025, “este orçamento não está no nosso horizonte”, no entanto, refere que a solução é “o Governo fazer um novo Orçamento”.

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