O candidato à liderança do PS, José Luís Carneiro, afirmou hoje que a prioridade atual do partido está nas eleições autárquicas e recusou “queimar etapas” quanto à discussão sobre o futuro da liderança socialista.
“A nossa prioridade são as eleições autárquicas. Há um hábito de queimar etapas e eu não gosto de queimar etapas. Gosto de cada etapa no seu tempo”, afirmou José Luís Carneiro numa visita à Feira Nacional da Agricultura, em Santarém.
Segundo o dirigente socialista, a grande prioridade de um partido político como o PS é “servir o país”.
Sublinhou ainda que o PS está unido “em torno da ação” e que a reflexão interna está a decorrer, mas sem precipitações.
“Estive até às 02:00 em Viana do Castelo e anteontem em Torres Vedras. Estamos a refletir”.
No âmbito da visita à Feira, o candidato à liderança do PS defendeu a adoção de contratos territoriais de desenvolvimento como instrumento central para valorizar a agricultura, combater a desertificação do interior e fixar jovens qualificados no mundo rural.
“Temos uma proposta da Constituição de Contratos Territoriais de Desenvolvimento. A agricultura é essencial à nossa vida coletiva e à coesão territorial. É um setor vital para a soberania alimentar e para a criação de oportunidades de vida, sobretudo para as novas gerações”, afirmou o dirigente socialista, sublinhando a importância de políticas públicas que “desburocratizem o apoio ao setor”.
José Luís Carneiro destacou a necessidade de “identificar os fatores de bloqueio” ao desenvolvimento rural e de “capacitar as instituições locais” para apoiar os agricultores, através de uma maior descentralização e reforço das estruturas regionais.
O socialista apontou ainda o exemplo do projeto de Alqueva e do investimento no regadio como casos de sucesso da governação socialista, que “permitiram aumentar as exportações agroalimentares com maior valor acrescentado”.
“Hoje, o setor do agroalimentar exporta mais e exporta com mais valor acrescentado. Ou seja, os nossos produtos hoje são competitivos nos mercados internacionais. Isso deve-se a um esforço de planeamento e de investimento que foi realizado e para o qual os governos do Partido Socialista tiveram uma palavra decisiva”, afirmou.
Sobre a intenção do Governo de reformar o Estado, José Luís Carneiro referiu que é necessário aguardar pelas propostas concretas.
“Todos concordamos que é necessário desburocratizar, mas temos de saber o que isso significa”, frisou.
Confrontado com as linhas gerais do programa do Governo, que será apresentado na próxima semana, disse que o PS está concentrado em “duas grandes ideias”: “uma economia mais competitiva com transferência de conhecimento” e “a coesão territorial” (…) onde a agricultura é uma das prioridades”.
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