O PS quer estabelecer uma coligação pré-eleitoral com Juntos Pelo Povo (JPP), Iniciativa Liberal (IL), PAN, e Bloco de Esquerda (BE) com o intuito de se estabelecer uma governação estável na Região Autónoma da Madeira.
O desafio foi feito pelo presidente do PS Madeira, Paulo Cafôfo, que convidou JPP, IL, PAN e BE, para uma reunião esta quinta-feira, com o objetivo de se procurarem entendimentos para se estabelecer uma coligação pré-eleitoral num cenário de eleições regionais antecipadas.
À RTP Madeira, Paulo Cafôfo disse que os socialistas querem construir uma solução de governação “estável e séria” na Região. O dirigente socialista referiu que perante a possibilidade da moção de censura, de 19 de dezembro, poder derrubar o Governo, e com isso serem convocadas novas eleições, desafiou os partidos que querem a mudança para se juntarem no sentido de se encontrarem “entendimentos” e “pontos de convergência”.
O socialista referiu que a Madeira “vive tempos de grande instabilidade política”, a qual “começa e acaba no PSD e no presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque” e que “não será ultrapassada”, precisamente, “enquanto Miguel Albuquerque e o PSD estiverem à frente dos destinos da Região”.
Tendo em conta isto Cafôfo disse que “não pode haver tempo” daí o convite feito a JPP, IL, PAN, e BE para a formação de uma coligação pré-eleitoral num cenário de eleições antecipadas.
“Miguel Albuquerque já não oferece confiança a ninguém”, disse o presidente do PS, incluindo aos partidos que “deram a mão” a Albuquerque na viabilização do seu Governo. O dirigente socialista salientou ainda que pela primeira na história da Autonomia da Madeira o Orçamento Regional acabou chumbado.
Cafôfo defendeu que a Madeira “não pode continuar neste clima de instabilidade”, que apenas contribui para a “estagnação” da Região.
O líder socialista referiu que é “necessária uma verdadeira mudança” de modo a que se resolva os “problemas estruturais” da Madeira e da população.
“É preciso devolver a estabilidade à Região para garantir que temos um presente e um futuro”, disse Cafôfo.
Cafôfo disse que apesar da Região ter passado por muitas eleições num curto espaço de tempo, salientou que no atual quadro parlamentar “não é possível” a construção de uma solução governativa que assegure “estabilidade”, pelo que se a moção de censura for aprovada “o melhor é mesmo devolver a palavra ao povo, que tem o poder de melhor decidir”.
O socialista reforçou que a população da Região precisa de ter “esperança no futuro” e que os dirigentes políticos “têm a responsabilidade de agregar e convergir”.
Cafôfo disse que é isso que as “pessoas esperam” dos dirigentes políticos. “Que consigamos chegar a um entendimento e que possamos construir uma solução governativa que devolva a estabilidade à Região”, disse o presidente do PS Madeira.
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