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PSD acusa Governo de “destruir” Serviço Nacional de Saúde

No último debate quinzenal do ano, Fernando Negrão considerou que as políticas adotadas na área da saúde são “as mais preocupantes” desta legislatura e afirmou que o Governo não tem “respeito nenhum” pelos sindicatos e pelas ordens.
11 Dezembro 2018, 16h06

O líder parlamentar do Partido Social Democrata (PSD), Fernando Negrão, acusou esta terça-feira o Governo de António Costa de estar a destruir o Serviço Nacional de Saúde (SNS). Fernando Negrão considerou que as políticas adotadas na área da saúde são “as mais preocupantes” desta legislatura e afirmou que o Governo não tem “respeito nenhum” pelos sindicatos e pelas ordens.

A saúde foi o grande tema que o PSD quis levar ao plenário, naquele que é o último debate quinzenal do ano e o primeiro depois de dois meses de discussão na Assembleia da República do Orçamento do Estado para 2019, aprovado no final de novembro. Fernando Negrão questionou o Governo sobre a questão das greves e o cancelamento de cirurgias e cuidados médicos.

“Não acha que é da maior urgência resolver estas situações ou o PS descobriu que não traz vantagens resolver estes problemas?”, questionou, depois de ter apresentado o exemplo do hospital Sousa Martins, na Guarda, onde o tempo de espera para uma consulta de cardiologia terá subido de 466 dias (mais de um ano e três meses), em junho, para 1.327 dias (mais de três anos).

António Costa respondeu é preciso ter em conta o panorama geral na saúde, em que aumentaram as consultas programadas, e acusou Fernando Negrão de ser porta-voz da bastonária da Ordem dos Enfermeiros. “Se me pergunta há atrasos? Há atrasos, mas o caminho não é voltar atrás”, afirmou o primeiro-ministro, defendendo que tal significaria cortar no salário dos profissionais do setor e no financiamento a ele direcionado para beneficiar hospitais privados.

Fernando Negrão acusou ainda o primeiro-ministro de “destruir” o SNS e insistiu em querer saber os números das cirurgias canceladas. “É por não ter respeito nenhum que não consegue negociar” com os sindicatos e com as Ordens dos Médicos e Enfermeiros, sublinhou o líder da bancada social-democrata.

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