O líder parlamentar do Partido Social Democrata (PSD), Fernando Negrão, acusou esta terça-feira o Governo de António Costa de estar a destruir o Serviço Nacional de Saúde (SNS). Fernando Negrão considerou que as políticas adotadas na área da saúde são “as mais preocupantes” desta legislatura e afirmou que o Governo não tem “respeito nenhum” pelos sindicatos e pelas ordens.
A saúde foi o grande tema que o PSD quis levar ao plenário, naquele que é o último debate quinzenal do ano e o primeiro depois de dois meses de discussão na Assembleia da República do Orçamento do Estado para 2019, aprovado no final de novembro. Fernando Negrão questionou o Governo sobre a questão das greves e o cancelamento de cirurgias e cuidados médicos.
“Não acha que é da maior urgência resolver estas situações ou o PS descobriu que não traz vantagens resolver estes problemas?”, questionou, depois de ter apresentado o exemplo do hospital Sousa Martins, na Guarda, onde o tempo de espera para uma consulta de cardiologia terá subido de 466 dias (mais de um ano e três meses), em junho, para 1.327 dias (mais de três anos).
António Costa respondeu é preciso ter em conta o panorama geral na saúde, em que aumentaram as consultas programadas, e acusou Fernando Negrão de ser porta-voz da bastonária da Ordem dos Enfermeiros. “Se me pergunta há atrasos? Há atrasos, mas o caminho não é voltar atrás”, afirmou o primeiro-ministro, defendendo que tal significaria cortar no salário dos profissionais do setor e no financiamento a ele direcionado para beneficiar hospitais privados.
Fernando Negrão acusou ainda o primeiro-ministro de “destruir” o SNS e insistiu em querer saber os números das cirurgias canceladas. “É por não ter respeito nenhum que não consegue negociar” com os sindicatos e com as Ordens dos Médicos e Enfermeiros, sublinhou o líder da bancada social-democrata.
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