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PSD/Congresso: Leitão Amaro responde a Pedro Nuno e diz que extremada é “atração pela extrema-esquerda”

“Eu vou-lhe explicar o que é ser extremado: é ser extremamente perigoso na sua atração pela extrema-esquerda, é ser extremamente caro nacionalizar a TAP”, disse António Leitão Amaro em resposta a Pedro Nuno Santos.
25 Novembro 2023, 20h05

O vice-presidente do PSD António Leitão Amaro respondeu, este sábado, ao candidato à liderança do PS, Pedro Nuno Santos, que extremada é a sua “atração pela extrema-esquerda” ou os mais de três mil milhões de euros que os portugueses investiram na TAP.

Hoje, em Viana do Castelo, Pedro Nuno Santos criticou o discurso de abertura do Congresso do PSD de Luís Montenegro, defendendo que a ‘geringonça’ foi “uma solução de Governo que é uma memória boa para os portugueses”.

“Eu estava à espera de ouvir o líder do PSD falar sobre o país, falar para os portugueses, mas apenas vi uma intervenção cheia de queixas, de críticas, de ataques, uma linguagem, aliás, muito extremada”, disse Pedro Nuno Santos aos jornalistas em Viana do Castelo, onde se reuniu com militantes do Partido Socialista (PS).

Ao final da tarde, o vice-presidente do PSD Leitão Amaro fez questão de fazer a réplica, na sua intervenção perante o 41.º Congresso dos sociais-democratas.

“Eu vou-lhe explicar o que é ser extremado: é ser extremamente perigoso na sua atração pela extrema-esquerda, é ser extremamente caro nacionalizar a TAP”, criticou.

Perante os congressistas, o ‘vice’ do PSD responsabilizou não só o primeiro-ministro António Costa pelas falhas do Governo, mas “também os sucessores que se lhe anunciam e que o acompanharam” nos seus executivos.

“Portugal não vai aceitar mais tentativas de branquear responsabilidades de quem desperdiçou uma maioria por dentro”, considerou.

Antes, também a vice-presidente do PSD Margarida Balseiro Lopes tinha apontado todo o PS como “o único responsável” pela crise política e o anúncio de eleições antecipadas para 10 de março.

“Não se enganem, não é o António Costa, é mesmo o PS, partido que conseguiu a proeza de desbravar uma maioria absoluta em menos de dois anos de mandato”, afirmou.

A antiga deputada e ex-líder da JSD antecipou que o PS vai centrar a sua campanha “no medo contra o PSD”.

“Quem só tem para oferecer o medo e a calúnia do adversário, já não tem nada para dar ao país”, disse, contrapondo que o PSD “estará concentrado em oferecer um novo Governo a Portugal”.

A dirigente social-democrata disse que o PSD recusa aceitar lições “de quem se ancorou nos extremos para se agarrar ao poder” e deixou também um ataque ao candidato à liderança Pedro Nuno Santos.

“Também não aceitamos lições de quem, à quarta-feira, anunciava não um, mas dois aeroportos, e à quinta pedia desculpas ao país, porque foi tudo um problema de comunicação”, criticou, frisando que “quem quer mudar de Governo só tem uma opção, votar no PSD”.

A outra vice-presidente do PSD, Inês Ramalho, saudou que o Congresso tenha hoje aprovado, na revisão estatutária, que as listas para os órgãos internos do PSD passam a ter um número mínimo de pessoas de cada género, seguindo os critérios da Lei da Paridade.

A dirigente defendeu que o PSD tem de garantir um “modelo de governação responsável, transparente e credível” que sirva os interesses de todos os portugueses e “não para servir os interesses pessoais ou partidários do Governo”.

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