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PSD critica Governo por impedir sócio-gerentes de terem lay-off com salários pagos a 100% (com áudio)

O presidente do partido, Rui Rio, defende que aos gerentes de micro e pequenas empresas devem ter acesso aos mesmos apoios do regime de lay-off previstos para os restantes trabalhadores e diz que não compreende o “tabu ideológico bacoco” do Governo.
  • Flickr/PSD
5 Março 2021, 14h15

O Partido Social Democrata (PSD) criticou esta sexta-feira o “tabu ideológico bacoco” do Governo que impede os sócio-gerentes de serem equiparados a “trabalhadores normais” no acesso ao lay-off. O presidente do PSD, Rui Rio, defende que aos gerentes de micro e pequenas empresas devem ter acesso aos mesmos apoios do regime de lay-off previstos para os restantes trabalhadores e diz que não compreende a lógica do Governo.

“Continuo sem entender o que é que o Governo do PS tem contra trabalhadores que vivem do seu salário e que juntaram algum dinheiro para montar um negócio que eles próprios gerem. (…) É um tabu ideológico absolutamente bacoco”, afirmou Rui Rio, depois de ter estado reunido com os empresários do setor da restauração, representados pelo movimento “Sobreviver a Pão e Água”.

Para o líder social-democrata, “não faz sentido nenhum” penalizar os sócio-gerentes nos apoios estatais ao chamado regime de lay-off simplificado (suspensão ou redução do contrato dos trabalhadores), tendo em conta que os sócio-gerentes são “trabalhadores como os outros”, mas usaram “algumas poupanças para ter um negócio”. “Ainda levam pancada por cima. Isto não faz sentido nenhum”, referiu.

Desde janeiro, os trabalhadores com redução ou de suspensão de contrato de trabalho têm o salário pago a 100%. Já os sócios-gerentes e aos trabalhadores independentes, cujas atividades estejam suspensas ou encerradas por imposição legal, têm direito a apoios que podem ir desde os 219,4 euros a 1.995 euros, se tiverem, pelo menos, três meses consecutivos ou seis meses interpolados de descontos, nos últimos 12 meses.

Rui Rio acusou ainda o Governo de “enganar” e “iludir” os portugueses com os constantes anúncios de apoios. “Deve haver menos anúncios e mais apoios porque, se formos a ver pelas notícias que o Governo põe de apoios, a sociedade é capaz de pensar que os empresários da restauração estão bem, porque há tantos milhões anunciados pelo Governo. Nada disso. Uma coisa é o que o Governo anuncia e outra é o que o Governo faz”, disse.

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