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PSD diz que a Madeira tem recebido do Estado “silêncio e indiferença” durante pandemia

O PSD elogiou a “firmeza e dureza” que o Estado português teve relativamente ao papel que a União Europeia (UE) deveria ter no atenuar nas consequências económicas que poderiam vir desta crise de saúde. Os sociais democratas contudo criticaram o Estado por ainda não ter dado resposta ao apelo de solidariedade feito pelo Governo da Madeira.
15 Setembro 2020, 09h37

O deputado do PSD, Carlos Rodrigues, afirmou que a Madeira tem tido do Estado “silêncio, desatenção e indiferença”. O social democrata acrescentou que o Governo da República, dirigido pelo PS, “deu a contragosto uma autorização” de empréstimo, que foi de tão “má vontade” que se recusou a avalizar esse empréstimo que faz com a Madeira pague muito mais caro” esse dinheiro.

“É incompreensível que a Madeira receba condições piores que outros estados soberanos com que Portugal colabora”, reforçou o social democrata.

Durante a sua intervenção no plenário da Assembleia Regional, Carlos Rodrigues lembrou que desde o início da pandemia que o Estado português tem sido, “firme e duro” em relação ao papel que a União Europeia (UE) deveria ter no atenuar nas consequências económicas que poderiam vir desta crise de saúde, e lembrou declarações de António Costa, primeiro-ministro, em que dizia que “não podemos ficar à espera ilimitadamente e temos que saber com que armas contamos. vamos precisar de saber se o programa de recuperação nos disponibiliza uma visga ou uma bazuca”.

O deputado do PSD disse que isso se tratava de “uma questão de bom-senso e elementar justiça”. Face ao exposto Carlos Rodrigues, disse que durante a pandemia os encargos com a prevenção, tratamento, segurança, apoio empresas e famílias, têm sido assumidos pelo Orçamento Regional.

“Estaria a ser incorreto se não referisse que com os custos com o layoff tem sido assumido pelo Estado, o que não surpreende uma vez que as contribuições residente na Madeira são todas enviadas para Lisboa. São receita nacional e regional”, afirmou. “De resto a região tem combatido este problema como se de outro país de tratasse”, vincou o deputado do PSD.

O social democrata referiu que desde o início da pandemia que o Governo da Madeira, que resulta de uma coligação entre PSD e CDS-PP, tem pedido ao Governo da República “para ser solidário e não obtivemos resposta”. Carlos Rodrigues reforçou que passados seis meses, “continuamos serenamente” à espera.

“Sabemos que outras regiões têm sido alvo de solidariedade direta e discriminada, sabemos que noutros países tem havido atenção particular com as autonomias, e que regiões dependentes do turismo tem sido olhadas de forma particular, alias é a própria União Europeia (UE) que alerta os Estados para descriminar positivamente estas regiões”, sublinhou o deputado do PSD.

Durante a sua intervenção o social democrata alertou que o atual estado das coisas “propicia o aparecimento de discursos populistas e simplistas e que encontram no desespero e falta de esperança terreno fértil para prosperar e frutificar”. Carlos Rodrigues disse ainda que não se deve “cedermos a esta vertigem, e embarcar num rumo que pode causar agravar dos problemas”.

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