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PSD diz que Orçamento é “mau para os portugueses” e que não “olha para o futuro”

PSD apontou que Orçamento não trata das empresas, não trata da economia, não trata da classe média, mantém uma carga fiscal elevada, portanto digamos que trata do curto prazo, responde e nessa parte estamos de acordo, que responde às necessidades das pessoas”.
  • Mário Cruz/Lusa
27 Outubro 2020, 11h01

O deputado do PSD, Afonso Oliveira apontou que o Orçamento do Estado (OE) para 2021 é “mau para os portugueses” e peca por não olhar para o futuro, justificando assim o chumbo do partido.

“Este orçamento votamos contra porque é um mau Orçamento para os portugueses”, explicou Afonso Oliveira, em declarações à RTP, sublinhando que “este orçamento, por exemplo, não trata das empresas, não trata da economia, não trata da classe média, mantém uma carga fiscal elevada, portanto digamos que trata do curto prazo, responde e nessa parte estamos de acordo, que responde às necessidades das pessoas”.

Apesar de reconhecer que o documento elaborado pelo executivo de António Costa “responde à pobreza, ao desemprego”, medidas apoiadas pelo PSD, Afonso Oliveira garante que “é um orçamento que não olha para o futuro” e que à semelhança do anterior mantém uma carga fiscal elevada. “Este orçamento tinha de ser mais preocupado com a economia, não só tratar da componente assistencialista”, frisou o social democrata.

Afonso Oliveira contou que para o partido tomar uma posição, o PSD falou com “as empresas, com as associações e trabalhadores e percebemos que o orçamento não tem medidas que apoio ás empresas”. “O futuro faz-se pelas empresas, pela economia e pelo emprego”, destacou Afonso Oliveira assegurando que o partido vai votar contra quer em sede de especialidade, quer na generalidade.

A tensão entre Governo e PSD tem aumentado desde que a 21 de outubro Rui Rio anunciou que o partido iria votar contra o Orçamento do Estado para 2021.

Na segunda-feira, 26 de outubro, durante comissão com a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, o PSD perguntou sobre como pode o Governo defender que a proposta de OE2021 proteja famílias e empresas, dado que as medidas extraordinárias de apoio para fazer frente às consequências da pandemia são apenas duas (o apoio extraordinário à retoma progressiva e o apoio extraordinário ao rendimento dos trabalhadores) e que transitam do OE suplementar de 2020.

Por sua vez, o PS, representado pelo deputado Ivo Oliveira, disse que o “ PSD só sabe reagir às crises com austeridade, não aprenderam anda, absolutamente nada com aquilo que aconteceu desde 2015 e com a evidência de que políticas contra cíclicas, medidas de proteção social não são apenas socialmente injustas, não só permitem acelerar a retoma como dão a confiança para que a economia possa dinamizar a sua atividade”.

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