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PSD e CDS-PP preparam estratégia para autárquicas e recusam acordos com Chega

O presidente do PSD, Rui Rio, e o líder do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, assumiram estar já a preparar a estratégia eleitoral das autárquicas deste ano e que um dos pontos acordados entre si é que o partido de André Ventura fica de fora de qualquer coligação.
  • Flickr/PSD
27 Janeiro 2021, 19h38

O Partido Social Democrata (PSD) e o CDS-PP anunciaram esta quarta-feira que não irão fazer coligações com o Chega nas eleições autárquicas. O presidente do PSD, Rui Rio, e o líder do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, estão já a preparar a estratégia eleitoral das autárquicas deste ano e adiantam que um dos pontos acordados entre si é que o partido de André Ventura fica de fora de qualquer coligação.

“Este acordo não vai dizer que só há acordo com o CDS e com mais ninguém e que onde houve uma coligação com o CDS não entra mais ninguém. Não vai dizer isso. A única questão em que estamos de acordo é que não haverá com o Chega. Tirando o Chega logo se verá”, disse o líder do PSD, à saída do encontro com o presidente do CDS-PP onde foram discutidos acordos para as eleições autárquicas deste ano.

Rui Rio lembrou que tem insistido que, nas eleições autárquicas, não haverá coligações com o Chega. “O Chega para poder conversar com o PSD tem de se moderar, mas o Chega não se tem moderado. Não mudança nenhuma, não há conversa nenhuma, muito menos coligação”, reiterou.

Francisco Rodrigues dos Santos foi mais longe e disse que, “da parte do CDS, não haverá coligações com o Chega nem em eleições autárquicas nem em eleições legislativas”. “Estou empenhado, enquanto líder do CDS, em dar músculo ao meu partido para reforçar a sua implantação social e o seu peso eleitoral para, conjuntamente com o PSD, poder formar uma maioria parlamentar para governar Portugal”, frisou.

“É na construção dessa alternativa que o CDS está empenhado e, portanto, não admitirá a intromissão de outro partido à nossa direita, porque isso significaria que o CDS estaria numa posição supletiva ou que precisaria de outras formações, que nunca existirão em Portugal, para governar Portugal, em aliança com o PSD”, acrescentou.

O líder do CDS-PP sublinhou, no entanto, que o partido “não rejeita votos pela sua origem” e que, por isso, está disponível para replicar um acordo de incidência parlamentar, como o que houve nos Açores. “No Parlamento, qualquer partido recebe votos, até de forças que lhe são diametralmente opostas”, disse.

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