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PSD favorável ao novo EdE mas existe mais medidas. CDS acusa Governo de não reconhecer “quando governa mal”

Isaura Morais garantiu que o “PSD não deixará de votar favoravelmente este pedido pois qualquer outra posição iria contrariar a defesa do interesse nacional”, refere. Este voto é “expressão do sentido de responsabilidade” que “não nega ao Executivo os meios de combate à pandemia”. Já a deputada Cecília Meireles, do CDS referiu que o “alívio fiscal e contributivo não existiu” e o programa Apoiar é “muito pouco em relação às necessidades”. “
  • Mário Cruz/Lusa
25 Março 2021, 15h38

Isaura Morais considera que este pedido de renovação do estado de emergência é “necessário” para uma renovação “justificada”, “já que não seria preciso ao Governo aprovar a maioria das medidas” restritivas.

Aos deputados na Assembleia de Republica, a deputada garantiu que o “PSD não deixará de votar favoravelmente este pedido pois qualquer outra posição iria contrariar a defesa do interesse nacional”, refere. Este voto é “expressão do sentido de responsabilidade” que “não nega ao Executivo os meios de combate à pandemia”.

A afirmação foi dita na sequência do debate, desta quinta-feira no Parlamento, sobre uma nova renovação do estado de emergência, de 1 a 15 de abril, proposta pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que falará depois ao país às 20h00.

A deputada advertiu o Governo para os “riscos de excesso de confiança e para os perigos de decisões apressadas”, relembrando que o “que se exige não são avisos, mas medidas concretas”, nomeadamente, a “testagem massiva” que o Governo tem “prometido tantas vezes como adiado”.

A deputada do PSD argumenta que “Portugal não merece nem pode ser submetido a um novo confinamento, outra vez, provocado por incúria responsabilidade do Governo”, fazendo um apelo aos portugueses para que “tenham consciência de que só, pelo sacrifico de todos, podemos vencer a luta contra a pandemia”.

CDS acusa Governo de não “assumir as responsabilidades quando governa mal”

A deputada do CDS-PP considera que a aprovação do estado do emergência é “absolutamente excecional” e que, por isso, votará a favor. No entanto, alerta: “exceção não deve tornar-se a regra”.

Durante a sua intervenção no debate da renovação do estado de emergência, Cecília Meireles criticou o Governo por não ser capaz de “assumir as responsabilidades quando governa mal”, argumentando que o Executivo não deu as condições “para que o país pudesse ultrapassar a pandemia em segurança”.

Referindo nos apoios ao emprego, nomeadamente o lay off, a deputada aponta “os avanços e recuos” e relembra que o Tribunal de Contas considerou este apoio “como um dos mais restritivos e mais difíceis de aceder em toda a Europa”. Estão em causa, lembra, “empresas que não trabalham há mais de um ano ou que estão com horários sempre a mudar”.

Cecília Meireles reforça que o “alívio fiscal e contributivo não existiu” e o programa Apoiar é “muito pouco em relação às necessidades”. “É por tudo isto que a válvula do sistema foram as moratórias bancárias e é por isso que são uma bomba relógio”, alerta a deputada, que explica que prorrogar moratórias não é “desativar bomba relógio”, apenas “adiar explosão”.

Iniciativa Liberal chumba renovação de estado de emergência por não apoiar mudanças em decreto presidencial

O líder da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo explicou que o partido volta a chumbar a renovação do estado de emergência, mas desta vez porque das alterações no decreto presidencial “nenhuma delas é boa”.  “Sobre controlo de preço cujo danos será visível em breve, é evidente que o estado socialista todo poderoso já não se lembra o que aconteceu com a os preços das mascaras e álcool gel”, frisou João Cotrim Figueiredo.

Quanto aos critérios de vacinação, João Cotrim Figueiredo recordou que o partido sempre disse que os “critérios de vacinação são demasiado complexos”. Para os liberais, o único critério de prioridade devia ser a idade”.

Nas cinco anteriores renovações do estado de emergência autorizadas pela Assembleia da República tiveram os votos a favor do Partido Socialista, Partido Social Democrata, CDS-PP e PAN e da deputada não inscrita Cristina Rodrigues, a abstenção do Bloco de Esquerda e votos contra de PCP, PEV, Chega, Iniciativa Liberal e a deputada não inscrita Joacine Katar Moreira.

A proibição de circulação entre concelhos em Portugal continental no próximo fim de semana e durante a semana da Páscoa foi antecipada para as 00h00 desta sexta-feira, segundo uma declaração de retificação publicada em Diário da República, “é proibida a circulação para fora do concelho do domicílio no período compreendido entre as 20h00 de sexta-feira e as 05h00 de segunda-feira e, diariamente, a partir das 00:00 do dia 26 de março, sem prejuízo das exceções previstas”.

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