Já são conhecidos dois dos candidatos para disputar a liderança do Partido Social Democrata (PSD): Paulo Rangel e Rui Rio. Ambos são candidatos conhecidos e apesar de as eleições estarem marcadas para 4 de dezembro e o tema tem dado que falar.
Depois de uma “reflexão aprofundada” sobre a situação política do país e atendendo aos recentes resultados das últimas eleições autárquicas e da incompreensível instabilidade e divisões internas, entretanto geradas no PSD, o presidente Rui Rio decidiu recandidatar-se à liderança do PSD.
“Depois de uma reflexão aprofundada sobre a situação política do país e atendendo aos recentes resultados das últimas eleições autárquicas e da incompreensível instabilidade e divisões internas, entretanto geradas no PSD, o presidente Rui Rio, decidiu recandidatar-se à liderança do Partido Social Democrata”, divulgou em comunicado Salvador Malheiro, diretor de Campanha da Recandidatura.
Os resultados das eleições autárquicas deram força a Rio para avançar com candidatura, sendo que o PSD conquistou 113 municípios, distanciando-se assim dos resultados obtidos tanto nas eleições autárquicas de 2017, onde os social-democratas tinham registado o seu pior resultado de sempre, com a conquista de apenas 98 câmaras.
Ainda assim, o Partido Socialista foi considerado o verdadeiro vencedor da noite autárquica por ter conquistado 147 em 308 câmaras, apesar de ter perdido 12 câmaras.
Apesar dos resultados do PSD terem sido melhores do que em 2017, o primeiro candidato a avançar com anúncio à liderança do PSD foi Paulo Rangel, a 15 de outubro, ocasião onde aproveitou para mostrar o seu descontentamento pelo estado do partido.
“Não me conformo com um partido que está à espera de que o poder socialista se afogue no pântano ou caia de podre”, disse Paulo Rangel aos jornalistas. Para Rangel é “absolutamente incompreensível que a atual liderança do PSD tenha, em conivência com o PS, abolido os debates quinzenais”.
O que destacar dos candidatos?
Ambos são conhecidos do público e têm um extenso currículo, mas o percurso pela política tem sido diferente. Rui Rio é mais conhecido por ter sido presidente da Câmara do Porto durante doze anos, ou seja, durante três mandatos, mas o seu percurso profissional começou pelo sector bancário, tendo integrado o quadro do Banco Comercial Português enquanto responsável pela montagem de operações de financiamento no mercado primário. Só passou à liderança do PSD em 2018 e sucedeu a Pedro Passos Coelho.
Por sua vez, Paulo Rangel teve a sua primeira participação na vida política nas eleições autárquicas de 2001, quando o PSD e o CDS-PP lhe confiaram a redação do programa de candidatura à Câmara Municipal do Porto, encabeçada por Rui Rio. Em 2005 Rangel foi incluído nas listas do PSD para as legislativas e foi eleito deputado à Assembleia da República, pelo Círculo do Porto.
Em 2010, com o fim do mandato de Manuela Ferreira Leite, Rangel disputou com Pedro Passos Coelho e Aguiar-Branco a liderança do PSD. Na altura perdeu a corrida para Pedro Passos Coelho.
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