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PSD pede medidas “mais coerentes e musculadas” para travar aumento de novos casos de Covid-19 em Lisboa

O líder do PSD, Rui Rio, defende que o Executivo de António Costa deve ter um “discurso político adequado”, não deixando parar a economia mas garantindo condições de segurança a todos os portugueses.
JOSÉ COELHO/LUSA
23 Junho 2020, 20h19

O Partido Social Democrata (PSD) pede ao Governo que tome medidas “mais coerentes” e “mais musculadas” para travar aumento de novos casos de infeção pela Covid-19 na Área Metropolitana de Lisboa. O líder do PSD, Rui Rio, defende que o Executivo de António Costa deve ter um “discurso político adequado”, não deixando parar a economia mas garantindo condições de segurança a todos os portugueses.

“Se não houver o devido cuidado, dado o efeito multiplicador que Lisboa tem no resto do país, a situação pode agravar-se pelo país todo. Por isso, impõe-se medidas mais musculadas”, afirmou Rui Rio, à saída de uma reunião com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, depois de se, nas últimas semanas, se ter registado uma predominância de novos casos de Covid-19 na região de Lisboa e Vale do Tejo.

O líder social-democrata considera importante que “as medidas não sejam avulsas” e sejam “mais coerentes e mais firmes”. “Um dia é de uma maneira e outro é de outra maneira e isso confundiu as pessoas. É preciso medidas firmes e um pouco mais musculadas, com um discurso político em torno delas que também deve ser coerente: por um lado a economia não pode parar, mas não podemos deixar de ter os cuidados necessários”, alertou Rui Rio.

“O discurso político do Governo foi, durante algum muito tempo, o de que isto quase já acabou, correu tudo muito bem e fomos os melhores do mundo, e afinal não somos tão bons quanto isso e temos que ter cuidado”, acrescentou.

Rui Rio afirmou ainda que concorda com as novas restrições impostas pelo Governo para a Área Metropolitana de Lisboa para conter a evolução de novos casos de infeção pelo novo coronavírus na região.

O presidente do PSD pôs de lado a hipótese de uma cerca sanitária a Lisboa e sublinhou que as decisões são “elas e as suas circunstâncias”. “É óbvio que [a análise] deve ser feita da mesma maneira que foi feita em Ovar, atendendo às circunstâncias. Uma cidade relativamente pequena, se for fechada, tem um efeito multiplicador pelo país muito menor do que a capital do país e a Área Metropolitana de Lisboa”, explicou.

De acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde revelado esta terça-feira, há já um total de 39.737 casos positivos de infeção pelo novo coronavírus em Portugal, mais 345 face a segunda-feira. Já o número de vítimas mortais no país aumentou para 1.540, mais seis mortes nas últimas 24 horas. Lisboa continua a ser o concelho com mais casos de Covid-19 confirmados.

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