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PSD propõe que boletins da DGS passem a divulgar número de portugueses já vacinados

O presidente do PSD, Rui Rio, defende que é preciso ter “controlo e rigor” sobre o número de vacinas administradas e pede equilíbrio na inclusão dos políticos nas prioridades do plano de vacinação contra a Covid-19.
Flickr/PSD
27 Janeiro 2021, 17h22

O Partido Social Democrata (PSD) sugeriu esta quarta-feira ao Governo que os boletins epidemiológicos passem a divulgar diariamente o número de portugueses que já estão vacinados. O presidente do PSD, Rui Rio, defendeu que é preciso ter “controlo e rigor” sobre o número de vacinas administradas e pediu equilíbrio na inclusão dos políticos nas prioridades do plano de vacinação contra a Covid-19.

“O que proponho é que os dados estatísticos que o Governo vai dando sobre óbitos, número de infetados e pessoas já recuperadas, passe a constar também o número de portugueses já vacinados. Não sei se o Governo terá o controlo completo sobre o número de pessoas já vacinada e temos de o ter”, disse Rui Rio, após ter estado reunido com o Presidente da República, por videoconferência, sobre a renovação do estado de emergência.

Rui Rio considera que, tendo em conta que o número de vacinas que chegou a Portugal é ainda “muito escasso”, tem de haver “um controlo e rigor muito grande”, para que “não haja aproveitamentos indevidos” e se ter “uma fotografia sobre como está aquilo que é a principal arma que temos contra a Covid-19, que é a vacinação”. “Serve para termos uma noção do caminho que estamos a percorrer e do horizonte que temos pela frente”, disse.

O líder do PSD sublinhou ainda que só quando o país tiver 70% da população imune, seja por vacinação ou pela recuperação após a infeção, para que o vírus se transmita de forma sustentada na população.

Sobre a decisão do Governo de incluir os políticos nas prioridades do plano de vacinação, Rui Rio reiterou que discorda da “demagogia de não vacinar ministro nenhum” e lembrou que, neste momento, há vários ministros infetados, mas discorda da solução encontrada. “Não podemos estar com esta demagogia e este complexos. É evidente que aqueles políticos que estão em cargos nevrálgicos devem ser vacinados”, defendeu.

Segundo Rui Rio, é preciso encontrar “um equilíbrio” entre não vacinar ninguém e vacinar todos os políticos e membros de outros órgãos do Estado (como os membros do Conselho de Estado, autarcas e magistrados do Ministério Público). “Nem tanto ao mar, nem tanto à terra”, disse.

“Eu pessoalmente, não me considero um caso nevrálgico. O PSD trabalhará mesmo que fique doente. Mas, se houver um consenso nacional e me incluírem [na lista de prioridades], também não estou disponível para fazer demagogia e fazer um brilharete ao dizer que dou a minha vacina a não sei quem. O que espero é que haja um equilíbrio e bom senso nesta decisão. Se fosse decidido por mim, não me incluía”, explicou.

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