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PSD quer reuniões quinzenais sobre situação epidemiológica no país

A bancada liderada por Rui Rio, que também é o presidente do partido, sublinha que é necessário “adotar, na nova fase que se avizinha, um novo modelo” que dê privilégio à “função parlamentar na defesa da saúde pública”.
  • Cristina Bernardo
10 Julho 2020, 21h05

O grupo parlamentar do PSD pediu hoje à Comissão de Saúde da Assembleia da República que delibere sobre a realização de reuniões quinzenais, a partir do início da próxima sessão legislativa, sobre a situação epidemiológica da pandemia em Portugal.

De acordo com um requerimento entregue hoje no parlamento, os sociais-democratas consideram que as sessões que decorriam desde março nas instalações do Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, que retratavam a evolução da situação epidemiológica da pandemia de covid-19 no país, perderam “alguma utilidade” por causa do “progressivo esgotamento do modelo de prestação de informação”.

Por isso, o grupo parlamentar do PSD requereu à Comissão de Saúde que delibere sobre a realização, “a partir do início da próxima sessão legislativa e com periodicidade quinzenal e duração indeterminada, reuniões subordinadas à temática da situação epidemiológica da covid-19 em Portugal”.

A bancada liderada por Rui Rio, que também é o presidente do partido, sublinha que é necessário “adotar, na nova fase que se avizinha, um novo modelo” que dê privilégio à “função parlamentar na defesa da saúde pública”.

Os sociais-democratas acrescentam que nestas reuniões deverão participar “um representante do Ministério da Saúde”, “outro ou outros representantes governamentais, caso o Governo assim o entenda”, epidemiologistas de instituições públicas e privadas, “a indicar sob proposta da Direção-Geral da Saúde [DGS]”, e outros especialistas que a Comissão de Saúde entenda que deve ouvir.

No sentido de contribuir para uma “maior transparência administrativa”, o PSD também propõe que estas reuniões sejam “públicas e transmitidas através do Canal Parlamento (ARTV)”.

O “caráter não público” das reuniões que decorreram nas instalações do Infarmed contribuíram “para uma indesejável falta de transparência da informação”, que não só “impede o exigível conhecimento público sobre a verdadeira situação” epidemiológica da pandemia, como também pode “prejudicar a confiança” dos cidadãos nas medidas implementadas para mitigar a propagação do novo coronavírus.

A pandemia de covid-19 já provocou 555 mil mortos e infetou mais de 12,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Portugal contabiliza pelo menos 1.646 mortos associados à covid-19 em 45.679 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da DGS.

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