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PSI-20 cai numa Europa mista arrastado pelas quedas do BCP e EDP Renováveis

Praças europeias encerram divididas entre as perdas do PSI20 e os ganhos do IBEX. O PSI-20 foi impactado pelas quedas da EDP Renováveis, Galp e BCP. As ações do banco liderado por Miguel Maya estão a ser afetadas pela notícia da Bloomberg que o Bank Millennium na Polónia estima que o acordo proposto pelos reguladores polacos para resolver os créditos em francos suíços poderá custar entre 900 milhões e 1,1 mil milhões de euros.
23 Fevereiro 2021, 17h19

O PSI-20 recuou esta terça-feira 0,94% para 4.729,51 pontos, em boa parte graças à queda de -2,93% das ações do BCP para 0,1191 euros e da EDP Renováveis (-2,19% para 18,80 euros). Outra queda expressiva foi da Galp, que recuou 1,85% para 9,21 euros.

As ações do banco liderado por Miguel Maya estão a ser afetadas pela notícia da Bloomberg de que o Bank Millennium na Polónia estima que o acordo proposto pelos reguladores polacos para resolver os créditos em francos suíços poderá custar entre 900 milhões e 1,1 mil milhões de euros. Isto é, o Bank Millennium o banco detido em 50,1% pelo BCP arrisca a um custo potencial entre 4,1 e 5,1 mil milhões de zlótis (entre 900 e 1.100 milhões de euros) ao longo dos próximos anos. O CaixaBank BPI, numa nota de research a analisar esta notícia,  estima que estes montantes representem entre 20% a 25% da exposição original do Bank Millennium a créditos concedidos em moeda estrangeira.

A Novabase perdeu 1,78% para 3,860 euros; a Sonae recuou 1,67% para 0,6770 euros; a Altri caiu 1,63% para 6,03 euros e a Navigator fechou a cair 1,50% para 2,76 euros e os CTT caíram 1,00% para 2,46 euros.

Pela positiva destacaram-se a Corticeira Amorim que subiu 2,55% para cotar nos 11,24 euros; e a Semapa que continua a cotar acima do preço da OPA da Sodim. Fechou a subir 1% para 12,12 euros. Os investidores continuam a apostar numa subida do preço da oferta pública.

Na Europa, o IBEX liderou em dia de indefinição na Europa. O EuroStoxx 50 caiu 0,29% para 3.689 pontos; já o Stoxx 600 recuou 0,52%.

O índice britânico Footsie foi um dos que valorizou (+0,21% para 6.635,9 pontos), após o governo britânico referir que o fim da pandemia está próximo e o primeiro-ministro Boris Johnson ter definido o objetivo de aliviar faseadamente as restrições de bloqueio ao longo dos próximos quatro meses, avança a análise de Ramiro Loureiro, analista de mercados do Millennium investment banking.

O CAC subiu 0,22% para 5.779,8 pontos, mas o alemão DAX caiu 0,61% para 13.864,8 pontos. O italiano FTSE MIB também recuou 0,30% para 22.939,4 pontos e o IBEX disparou 1,72% para 8.252,1 pontos.

“À hora de fecho do mercado europeu os índices norte-americanos negociavam no vermelho, mesmo após o presidente da Fed, Jerome Powell ter sinalizado que o banco central não estava nem perto de retirar o seu apoio à economia dos EUA afetada pela pandemia”, escreve o analista da Mtrader. “A Fed deve continuar a suportar a economia”, disse o seu presidente.

Em termos macroeconómicos, a taxa de inflação anual fixou-se, em janeiro, nos 0,9% na zona euro e nos 1,2% na União Europeia, divulgou hoje o Eurostat. Portugal apresentou uma taxa de inflação anual de 0,2%.

O mercado secundário de dívida dos Estados revela uma subida dos juros da dívida a 10 anos da Alemanha de 2,26 pontos base para -0,32%. Portugal, por sua vez tem os juros em alta de 3,28 pontos base para 0,25%; Espanha idem com os juros a agravarem 3,7 pontos base para 0,36% e Itália também com os juros a subirem 4,69 pontos base para 0,64%.

O petróleo Brent, em Londres, sobe 0,02% para 65,25 dólares o barril.

O euro cai 0,09% para 1,2146 dólares.

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