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PSI-20 fecha mês de junho com comportamento negativo com BCP a liderar perdas

“O PSI-20 tem grande dificuldade em ultrapassar a zona de resistência entre 5.300 pontos e os 5.450 pontos, cujos limites correspondem aos máximos de janeiro de 2021 e pico pré-pandémico de fevereiro de 2020, respetivamente”, dizem os analistas da Maxyield.
2 Julho 2021, 11h23

No final de junho, o PSI-20 atingiu o valor de 5.035 pontos representando uma diminuição mensal de -2,8%, em contraciclo com a maioria das praças internacionais. A banda de variação mensal apresenta uma grande amplitude, oscilando entre +12,9% dos CTT e -15% do BCP, refere a Maxyield, associação de pequenos acionistas.

“Acresce, que 11 empresas das 18 sociedades do universo empresarial PSI-20, tiveram uma variação mensal negativa”, refere a associação. Depois da queda mensal das ações do BCP; destaca-se a queda de 10,1% da Galp, a perda de 8,5% da Altri, o recuo de 5% da EDP e da Ramada (-5,7%).

Nas subidas, os CTT tiveram uma subida atípica face aos restantes títulos do índice, pois a segunda ação que mais subiu foi a Corticeira Amorim que valorizou 2,7%.

No entanto na comparação com dezembro de 2020, o índice da Euronext Lisbon subiu 2,8%, que “é suportado pelo comportamento positivo observado no final do mês de março, abril e maio”, dizem os analistas da Maxyield.

“Ao longo do 1º trimestre, o PSI-20 sofreu uma evolução sustentável decrescente de forma volátil e errática, tendo invertido este comportamento no final do mês de março. Já os meses de abril e maio são caraterizados por uma clara tendência de crescimento ligeiro, a qual sofreu uma significativa inversão no mês de junho”, dizem.

No final de junho verifica-se que 13 títulos apresentavam uma variação anual positiva, com destaque para os CTT, a Novabase, a Semapa, a Ramada e a Sonae, que constituem o top five do ranking anual de crescimento das cotações.

No acumulado do ano, o BCP regista uma valorização de 9,6%; os CTT subiram 105,1%; a Semapa subiu 27,6%; a Navigator +15,3%; a Novabase avançou 29,6%; a Sonae +20,9%; a F. Ramada ganhou 24,2%; a Jerónimo Martins subiu 11,3% e a Ibersol 11,1%.

A Pharol, a EDP Renováveis, a EDP, a Corticeira Amorim e a REN são as 5 sociedades cotadas que sofreram uma diminuição anual de valor. Os campeões das perdas desde 31 de dezembro de 2020, foram a EDP Renováveis (-14,3%); a EDP (-13,3%) e a Pharol que este ano tombou 19,1%.

“As perdas acumuladas nos meses de janeiro e fevereiro atingiram -4% as quais foram anuladas pelo crescimento mensal de +4,8% verificado no mês de março”, refere a Maxyield.

A evolução do PSI-20 continua muito abaixo do máximo de 5.436 pontos verificado antes do crash bolsista, e no mês de junho ficou mais longe do máximo pré-pandémico.

“A análise gráfica sugere que o PSI-20 tem grande dificuldade em ultrapassar a zona de resistência entre 5.300 pontos e os 5.450 pontos, cujos limites correspondem aos máximos de janeiro de 2021 e pico pré-pandémico de fevereiro de 2020, respetivamente”, dizem os analistas da associação de pequenos acionistas.

O PSI-20 no mês de junho encontra-se em contraciclo com os mercados internacionais que mantiveram as tendências de crescimento.

“A evolução do PSI-20 não acompanha ritmo de crescimento e dinamismo dos mercados internacionais, e ficou mais distante dos índices europeus e EUA. Esta situação deve merecer especial atenção, face às pressões inflacionistas internacionais e em particular nos EUA, com potenciais reflexos nos mercados bolsistas, num contexto em que o país ainda não recuperou o nível pré-pandémico”, alertam os analistas.

Apesar da quebra mensal de -3,6%, o índice espanhol IBEX 35 apresenta uma recuperação anual com um crescimento de +9,3%, mas aquém dos mercados europeus e americano.

No que toca aos mercados internacionais, a mesma análise dá conta que o índice S&P 500, composto pelas maiores 500 sociedades cotadas na NYSE, apresenta um crescimento anual de +15,1% e encontra-se muito acima do máximo atingido em 19 de fevereiro de 2020 antes do crash provocado pela pandemia.

Já o europeu Stoxx 600, que agrega as 600 maiores sociedades cotadas europeias, sofreu um crescimento anual de +13,5% e ultrapassou no mês de abril o máximo de 433,9 pontos observado antes do crash bolsista.

“No mês de junho os índices dos EUA apresentam um crescimento vigoroso e ganharam gás relativamente à evolução dos índices europeus, cujo comportamento é inverso do verificado no mês de maio. O índice S&P 500 apresentou uma evolução mensal de +2,3% e o Nasdaq sofreu um forte aumento em torno de +5,6% recuperando a robusta tendência anual de crescimento”, refere a Maxyield.

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