O principal índice bolsista português (PSI 20) ganha 0,23%, para 4.430,1 pontos, contrariando a tendência pessimista das principais congéneres europeias. O PSI 20 é a exceção em boa medida impulsionada pelo grupo EDP, após o “anúncio de uma emissão de novas ações para financiar parcialmente a aquisição do negócio de energias renováveis da Viesgo por parte da EDP Renováveis”, segundo o Mtrader do Millennium BCP, Ramiro Loureiro.
A EDP anunciou na quarta-feira que vai adquirir a espanhola Viesgo por dois mil milhões de euros. Mas para financiar a operação vai avançar com um aumento de capital, precisamente, de mil milhões de euros. Este é o primeiro movimento de mercado da energética, depois de Miguel Stilwell d’Andrade ter assumido interinamente a presidência executiva da EDP.
A EDP avança 1,24%, para 4,4 euros, e a EDP Renováveis ganha 1,80%, para 13,6 euros. REN (1,01%), Sonae (0,78%) e NOS (0,46%) também contribuem para a boa performance do PSI 20.
Entre as principais praças europeias, o sentimento é de conservadorismo. “No plano macroeconómico foi revelado que a economia chinesa expandiu mais que o antecipado no segundo trimestre e que a produção industrial chinesa voltou a acelerar a expansão no mês junho. Já as vendas a retalho no país asiático contraíram inesperadamente no mesmo mês”, aponta Ramiro Loureiro.
De acordo com os dados divulgados pelas autoridades chinesas, o PIB daquele país cresceu 3,2% no segundo trimestre deste ano, depois de uma contração de 6,8% nos primeiros três meses do ano. Mas em comparação com os primeiros seis meses de 2019, a China regista uma queda homóloga de 1,6%.
No que respeita à produção industrial chinesa, registou-se um crescimento homólogo de 4,8% em junho, revelando um ganho de ritmo face aos 4,4% registados em maio. Já as vendas a retalho contrairam, verificando-se uma descida de 1,8%, em junho, face a igual mês de 2019 – apesar da quebra, a descida foi mais ténue do que os 2,8% observados em maio.
A sessão poderá, ainda ficar marcada pelas conclusões da reunião de hoje do Banco Central Europeu (BCE). A instituição reguladora da banca europeia anunciou hoje que deixou as suas taxas de juro inalteradas e também mantém o programa de estímulos monetários destinado a travar o impacto da crise causada pela pandemia de Covid-19.
Desta forma, as taxas de juro permanecem nos níveis mínimos atuais, com a principal taxa de juro de refinanciamento em 0% e a taxa aplicada aos depósitos em -0,50%. A taxa de juro aplicada à facilidade permanente de cedência de liquidez mantém-se em 0,25%.
Já sobre o programa de estímulos para travar a crise, o BCE mantém o volume do o programa de compra de ativos de emergência, destinado a limitar o impacto da crise causada pela pandemia, no valor de 1,35 biliões de euros.
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