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PSI 20 foge à regra da tendência europeia e negoceia em alta. Grupo EDP impulsiona bolsa nacional

O PSI 20 é a exceção em boa medida impulsionada pelo grupo EDP, devido ao anúncio da aquisição do negócio de energia renováveis da Viesgo pela EDP Renováveis e, ainda, por causa do anúncio do aumento de capital da EDP, precisamente, para financiar parcialmente a aquisição da Viesgo.
16 Julho 2020, 13h33

O principal índice bolsista português (PSI 20) ganha 0,23%, para 4.430,1 pontos, contrariando a tendência pessimista das principais congéneres europeias. O PSI 20 é a exceção em boa medida impulsionada pelo grupo EDP, após o “anúncio de uma emissão de novas ações para financiar parcialmente a aquisição do negócio de energias renováveis da Viesgo por parte da EDP Renováveis”, segundo o Mtrader do Millennium BCP, Ramiro Loureiro.

A EDP anunciou na quarta-feira que vai adquirir a espanhola Viesgo por dois mil milhões de euros. Mas para financiar a operação vai avançar com um aumento de capital, precisamente, de mil milhões de euros. Este é o primeiro movimento de mercado da energética, depois de Miguel Stilwell d’Andrade ter assumido interinamente a presidência executiva da EDP.

A EDP avança 1,24%, para 4,4 euros, e a EDP Renováveis ganha 1,80%, para 13,6 euros. REN (1,01%), Sonae (0,78%) e NOS (0,46%) também contribuem para a boa performance do PSI 20.

Entre as principais praças europeias, o sentimento é de conservadorismo. “No plano macroeconómico foi revelado que a economia chinesa expandiu mais que o antecipado no segundo trimestre e que a produção industrial chinesa voltou a acelerar a expansão no mês junho. Já as vendas a retalho no país asiático contraíram inesperadamente no mesmo mês”, aponta Ramiro Loureiro.

De acordo com os dados divulgados pelas autoridades chinesas, o PIB daquele país cresceu 3,2% no segundo trimestre deste ano, depois de uma contração de 6,8% nos primeiros três meses do ano. Mas em comparação com os primeiros seis meses de 2019, a China regista uma queda homóloga de 1,6%.

No que respeita à produção industrial chinesa, registou-se um crescimento homólogo de 4,8% em junho, revelando um ganho de ritmo face aos 4,4% registados em maio. Já as vendas a retalho contrairam, verificando-se uma descida de 1,8%, em junho, face a igual mês de 2019 – apesar da quebra, a descida foi mais ténue do que os 2,8% observados em maio.

A sessão poderá, ainda ficar marcada pelas conclusões da reunião de hoje do Banco Central Europeu (BCE). A instituição reguladora da banca europeia anunciou hoje que deixou as suas taxas de juro inalteradas e também mantém o programa de estímulos monetários destinado a travar o impacto da crise causada pela pandemia de Covid-19.

Desta forma, as taxas de juro permanecem nos níveis mínimos atuais, com a principal taxa de juro de refinanciamento em 0% e a taxa aplicada aos depósitos em -0,50%. A taxa de juro aplicada à facilidade permanente de cedência de liquidez mantém-se em 0,25%.

Já sobre o programa de estímulos para travar a crise, o BCE mantém o volume do o programa de compra de ativos de emergência, destinado a limitar o impacto da crise causada pela pandemia, no valor de 1,35 biliões de euros.

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