O PSI 20 não escapou às perdas generalizadas nas praças europeias, depois da divulgação de dados desanimadores sobre a criação de emprego nos EUA em agosto e de um inquérito privado que aponta para o abrandamento da atividade económica na China causada pela proliferação da variante Delta do país.
O índice lisboeta fechou a perder 0,40%, encerrando a última sessão da semana com 5.483 pontos. Em Madrid, o IBEX 35 perdeu 1,28%, fechando com 8.866 pontos, enquanto o CAC 40, de Paris, recuou 1,08% até aos 6.689 pontos. O DAX 30, de Frankfurt, desvalorizou 0,39%, encerrando nos 15.779 pontos, e o FTSE 100, de Londres, caiu para os 7.140 pontos, ou seja, perdeu 0,33%.
O STOXX 600, índice pan-europeu, também recuou 0,56%, fechando nos 471,96 pontos.
O destaque em Lisboa vai para o recuo de 2% da Pharol, que liderou as perdas na bolsa portuguesa. A Corticeira Amorim seguiu-se na lista, fechando a perder 1,68%, e a Galp Energia também recuou 1,51%. Nos e Ibersol, com perdas de 1,15% e 1,03%, respetivamente, fecham as quedas acima de 1%.
Do outro lado, a Novabase conseguiu avançar 1,30%, sendo a única cotada acima de 1% de ganhos e uma das quatro únicas a fecharem no verde. Seguiram-se EDP, com 0,57% de valorização, CTT e REN, cada uma avançando 0,54% e 0,40%, respetivamente.
As bolsas europeias foram afetadas pelos números desapontantes da criação de emprego nos EUA, onde os 235 mil trabalhos criados em agosto ficaram muito aquém das expectativas de 750 mil do mercado. Estes dados castigaram as bolsas americanas e europeias, apesar de poderem igualmente significar uma política monetária acomodatícia mais longa, dada a falta de progresso constante na vertente laboral da maior economia do mundo.
Por outro lado, um inquérito privado ao sector terciário chinês mostra um abrandamento significativo da atividade naquele país, dadas as restrições musculadas impostas recentemente para limitar o contágio por Covid-19.
Estes dois efeitos externos combinados parecem ter superado o impacto dos PMI composto e de serviços divulgados para a zona euro, que superaram as expectativas e, apesar de terem recuado dos valores do mês anterior, que se situaram em máximos históricos de 15 anos, continuam a apontar para uma vigorosa recuperação que permite projetar um crescimento considerável no terceiro trimestre.
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