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PSI cai 2,77% com BCP a afundar mais de 9% em novo dia ‘vermelho’ para a banca

A sessão foi de quedas acentuadas no sector bancário, com as principais praças europeias a registarem perdas ainda mais acentuadas do que a bolsa de Lisboa, depois do colapso do Silicon Valley Bank. Além do BCP, Galp e Mota-Engil registam as maiores quedas.
15 Março 2023, 16h58

A bolsa de Lisboa fechou a sessão desta quarta-feira, 15 de março, a perder 2,77% para os 5.812,87 pontos. São várias as cotadas que registam quedas acentuadas, com destaque para o BCP, que perde 9,05%, para 0,193 euros, ainda a sofrer o impacto da falência do Silicon Valley Bank (SVB), que afetou o sector bancário à escala global.

Entre as maiores percas, sobressaem também a Galp, a desvalorizar 7,42%, com os títulos a valerem agora 9,71 euros, a Mota-Engil, que derrapa 6,15%, até aos 1,466 euros e os CTT, que contraem 4,86%, para 3,52 euros.

Foram apenas duas as cotadas que valorizaram nesta sessão, com a Altri a subir 1,29%, para 4,72 euros, e a Jerónimo Martins a crescer 0,70% para os 20,16 euros.

As maiores praças europeias estão todas elas em queda, com a mais acentuada a registar-se no Itália 40, que tomba 4,75%, para 2.454,3 pontos, seguido pelo IBEX 35 (Espanha), a cair 4,31%, para 8.764,62 pontos. O FTSE 100 (Reino Unido) surge a perder 3,89%, para 1.187,5 pontos, ao passo que o CAC 40 (França) derrapa 3,58%, para 6.885,71 pontos e, por fim, o DAX (Alemanha) desvaloriza 3,25%, e está nos 14.737,25 pontos.

Nas divisas, o euro está a desvalorizar 1,74% face ao dólar, com um euro a corresponder agora a 1,0545 dólares.

Também nos combustíveis se registam quedas acentuadas. O brent está a desvalorizar 6,57% e o barril é negociado nos 72,36 euros, enquanto no caso do crude se regista um decréscimo de 7,14%, até aos 66,24 euros por barril.

“Foi uma sessão muito negativa a que se viveu nas bolsas europeias. A Banca voltou a estar no epicentro. Depois de o colapso do norte-americano SVB ter abalado o sentimento no sector, desta feita o tombo do Credit Suisse traz nova réplica, e até mais forte, que acaba por derrubar os principais índices. Isto porque depois de ontem o credor suíço ter referido que encontrou fraquezas materiais nos seus relatórios e contas dos últimos dois anos, cuja correção implica custos significativos, o seu maior acionista, o Saudi National Bank, terá descartado qualquer aumento de posição acima do limite dos 10%, o que é visto como uma dificuldade a potenciais injeções de capital. O Credit Suisse terá aclamado mesmo por ajuda estatal e os instrumentos que funcionam como seguros contra incumprimento da sua dívida estão a disparar para níveis só vistos na crise financeira de 2008. Isto na véspera de importantes comunicações de política monetária do BCE, onde se espera agora que, face ao atual contexto, o Banco Central seja menos agressivo e proceda a um aumento de apenas 25 pontos base na taxa de juro diretora para a Zona Euro. A forte queda de sectores cíclicos, como o Energético e o de Recursos Naturais, mostra receios sobre o impacto da situação atual na economia”, de acordo com o analista de mercados do Millenium Investment Banking, Ramiro Loureiro.

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