A Puma apresentou resultados abaixo das expetativas para o segundo trimestre e cortou as perspetivas anuais, já que se vê castigada pelas tarifas decretadas pela administração liderada por Donald Trump. Em consequência, está a desvalorizar quase 18% em bolsa.
De acordo com os dados preliminares, revelados na quinta-feira à noite, as vendas registadas entre abril e junho recuaram 2,0%, em termos homólogos, para 1.947 milhões de euros (valor ajustado aos câmbios). De resto, as mexidas ao nível do mercado cambial afetaram este número em 135 milhões de euros.
A marca de roupa desportiva registou descidas particularmente acentuadas em mercados cruciais, na ordem de 9,1% na América do Norte, assim como 3,9% na Europa e na China. Porém, nem só de números passados se forma a desilusão.
A Puma fez saber, no mesmo documento, que já não espera conseguir o crescimento ao nível das vendas que equacionava anteriormente. Em função da volatilidade macroeconómica e geopolítica, a companhia sublinha que tem pela frente desafios transversais ao setor, assim como outros que se colocam especificamente à empresa.
Destaque para o caso das tarifas comerciais, que contribuem para a empresa ter anulado a expetativa de crescimento das vendas (em valor ajustado ao câmbio). Agora aponta a uma descida na ordem dos dois dígitos, em percentagem, o que está a gerar descrédito entre os investidores.
Puma desvaloriza e ameaça arrastar as rivais para terreno negativo
As ações da fabricante de vestuário estão a cair 17,82%, até aos 20,24 euros. Cotada na bolsa de Frankfurt, a empresa atravessa sérias dificuldades, de tal forma que está em mínimos de meados de abril (naquele mês, atingiu valores que não eram vistos desde 2016) e desvalorizou 54% desde o início do ano.
A Adidas, que também negoceia na bolsa alemã, está a desvalorizar 1,11% e os títulos estão nos 196,30 euros , o que reflete um decréscimo de 17% desde o fecho da última sessão de 2024. A Nike, por seu turno, está cotada em Wall Street e regista uma variação nula em pré-mercado. A marca americana desvalorizou 1,73% na sessão de quinta-feira e as ações terminaram o dia nos 75,42 dólares, muito próximas do valor registado a terminar o ano passado (75,67 dólares).
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