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Putin apoia esforços da China para “preservar segurança nacional em Hong Kong”

“Acho que a China é totalmente capaz de manter a prosperidade e a estabilidade de Hong Kong a longo prazo”, defende Putin.
  • Vladimir Putin
9 Julho 2020, 09h23

O Presidente russo, Vladimir Putin, defendeu hoje os esforços do homólogo chinês para “preservar a segurança nacional em Hong Kong”, durante uma conversa na qual os líderes se comprometeram a “defender mutuamente a soberania” dos seus países.

O ministério dos Negócios Estrangeiros da China informou que Putin disse a Xi Jinping, durante uma conversa por telefone, que se opõe a “qualquer medida provocadora que comprometa a soberania chinesa”.

“Acho que a China é totalmente capaz de manter a prosperidade e a estabilidade de Hong Kong a longo prazo”, disse Putin, segundo o comunicado do Ministério.

Xi parabenizou ainda Putin, pelas alterações à Constituição russa, votadas entre 25 de junho e 01 de julho, que permitirão ao Presidente russo permanecer no poder até 2036.

“Como sempre, a China apoiará a Rússia na escolha de um caminho de desenvolvimento que se adapte às suas características”, disse Xi, acrescentando que “é necessário que os dois países continuem a cooperar, numa altura de mudanças na situação internacional”.

Os dois líderes frisaram a sua rejeição pela “interferência de outros países” nos seus assuntos internos, algo que deve ser “impedido”, numa clara referência à suposta interferência estrangeira em Hong Kong.

Vários países criticaram a decisão da China de impor uma lei de segurança nacional em Hong Kong, por considerarem que ameaça as liberdades na cidade, cuja soberania foi devolvida pela China, pelo Reino Unido, em 1997, mas que manteve estatuto de região administrativa especial, com uma miniconstituição própria.

A regra jurídica, promulgada pela Assembleia Popular Nacional, sem passar pelo Conselho Legislativo da região semiautónoma da China, prevê prisão perpétua por “secessão, subversão contra o poder do Estado (acusação geralmente usada contra dissidentes e críticos do regime comunista), atividades terroristas e conluio com forças estrangeiras para colocar em risco a segurança nacional”.

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