Ligar um dispositivo à Internet parece uma coisa simples. Liga-se ao seu wi-fi, abre o browser e é tudo. Mas, quando algo corre mal, pode estar na altura de actualizar o seu equipamento para algo um pouco mais rápido e para isso é necessário perceber o que cada caixa faz. Aqui fica um guia que explica para que serve todo o material que mantém a sua rede doméstica a funcionar.
Um modem é o dispositivo que liga à Internet. O sinal de ligação vem através de cabo, fibra óptica ou linha telefónica até ao sítio onde vive e é ligado ao modem. Os modems transformam a informação digital que sai do seu computador num sinal analógico, que pode ser enviado através da ligação de cabo ou linha telefónica para o resto da Internet e também faz o inverso. A estes processos chama-se MOdulação e DEsModulação, daí o nome.
No caso português, a maioria dos ISP fornecem aos clientes routers que já incluem os modems, mas podem existir aplicações em que o modem é um dispositivo separado.
Um router serve para ligar vários computadores ao modem. Se tiver apenas um único computador em casa, pode ligá-lo directamente ao modem para aceder à Internet. No entanto, a maioria das pessoas têm mais do que um dispositivo para aceder à Internet e os modems apenas têm uma única ligação interna e por isso não conseguem enviar dados para vários dispositivos ao mesmo tempo.
Por isso é necessário um dispositivo que ligue todos os dispositivos entre si e também à Internet através de cabos de rede ou por wi-fi. Para conseguir uma comunicação sem falhas, os routers também tratam da gestão dos endereços IP de todos os dispositivos na rede – um endereço IP funciona como um identificador para que o router saiba que uma determinada informação chega ao dispositivo certo. Funciona assim: o modem recebe a informação vinda da Internet e envia-a para o router, que, por sua vez, a envia para o dispositivo que a pediu.
A uma rede criada desta forma chama-se uma ‘Local Area Network’ (LAN), ou em português: ‘Rede Local’. À grande rede que conhecemos por ‘Internet’ também se pode chamar Wide Area Network (WAN).
Existem routers que não incluem funcionalidades que permitem a criação de rede sem fios, ou wi-fi, e é aqui que entra o próximo dispositivo de que vamos falar.
No passado, todos os computadores só podiam estar ligados à Internet através de cabos. Hoje em dia, podemos ligar todos os tipos de dispositivos da rede doméstica através de uma rede sem fios, ou wi-fi. Para o conseguir fazer é necessário um dispositivo que consiga emitir um sinal rádio para transportar a informação.
Os pontos de acesso wi-fi ligam-se ao router, normalmente através de um cabo e comunicam com os dispositivos ligados através de onda rádio. A maioria dos routers modernos incluem pontos de acesso para criar redes sem fios, mas também é possível comprar pontos de acesso wi-fi em separado, como os Google Wi-Fi, que permitem aumentar a área coberta pela rede wi-fi muito para além do alcance da rede de um router acrescentando mais pontos de acesso.
Os dispositivo Google Wi-Fi permitem a criação de redes “mesh” (rede em inglês). Este tipo de redes sem fios permite a utilização de vários pontos de acesso sem fios, que comunicam entre si para aumentar e optimizar a recepção do sinal, para além de oferecer funcionalidades de segurança e gestão da rede mais avançadas.
Todos os routers têm entradas Ethernet (rede com fios), mas, dependendo da classe e do tamanho do router, essas entradas podem não ser suficientes para ligar todos os seus dispositivos, principalmente aqueles que ganham mais por estarem ligados desta forma, como consolas de jogos e computadores para jogos. Ao contrário dos routers, o switches não têm a capacidade de atribuir endereços IP aos dispositivos, servem apenas para dirigir os tráfego da informação de e para os vários dispositivos na rede.
Se as entradas Ethernet do router não forem suficientes, pode usar um switch para acrescentar mais. Basta ligar os dispositivos ao switch e depois ligar o switch ao router. Existem vários tipos de switches, com várias quantidades de ligações e com ou sem gestão. Estes últimos permitem, por exemplo, atribuir prioridades na largura de banda disponível para comunicação em dispositivos específicos e criar regras.
Nas redes domésticas usam-se normalmente switches sem gestão por serem mais baratos e menos complicados de operar.
Existe um outro tipo de dispositivos que são muito semelhantes ao switches: os hubs. Um hub pode ser considerado uma versão menos inteligente de um switch. Porque, ao contrário dos switches, que conseguem identificar para onde é que estão a enviar a informação, os hubs recebem a informação e copiam-na para todos os dispositivos que estiverem ligados a ele. Estes dispositivos já são muito pouco usados no contexto das redes domésticas.
Como já foi mencionado antes neste texto, os routers modernos já incluem o modem, router e o ponto de acesso num único dispositivo, como é o caso dos routers que as operadoras de comunicações fornecem aos seus clientes. No entanto, em regra, estes dispositivos são sempre menos poderosos e com menos funcionalidades que os que se compram em lojas da especialidade.
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