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Quase metade dos jovens despediam-se caso fossem obrigados a trabalhar presencialmente sempre

O inquérito ‘2023 Gen Z and Millennial Survey’, realizado a jovens de todo o mundo, conclui que a flexibilidade laboral e equilíbrio entre vida pessoal e o trabalho são as questões mais valorizadas pelos jovens destas gerações.
7 Agosto 2023, 11h04

Em Portugal cerca de 49% dos jovens da geração Z (nascidos entre 1995 e 2004) e 48% dos millennials (nascidos entre 1982 e 1994) estão numa situação de trabalho híbrido ou remoto, sendo que a maior parte afirmam procurar um novo emprego caso o seu empregador torne obrigatório o trabalho presencial permanente, segundo dados da Deloitte.

O inquérito ‘2023 Gen Z and Millennial Survey’, realizado a jovens de todo o mundo explora a forma como os acontecimentos disruptivos dos últimos três anos moldaram as suas vidas e opiniões. O estudo da Deloitte conclui que a flexibilidade laboral e equilíbrio entre vida pessoal e o trabalho são as questões mais valorizadas.

Cerca de 25% da geração Z e 26% dos millennials em Portugal considera a flexibilidade como um dos principais elementos no local de trabalho, afirmando ainda que “permitir o trabalho remoto para os colaboradores que assim o desejem seria uma boa medida das organizações para fomentar a flexibilidade e equilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho”.

A nível global, 54% da geração Z e 59% dos millennials acredita que o trabalho híbrido é positivo para a sua saúde mental, com muitos a apontarem benefícios como mais tempo livre para estar com amigos e família, tratar de responsabilidades fora do trabalho e ocupar o tempo com hobbies.

No entanto, 18% da geração Z e 15% dos millennials sentem-se excluídos ou prejudicados pelas chefias a favor de colegas que passam mais tempo em regime presencial, e preocupa-os que o modelo híbrido ou remoto possa limitar a sua carreira, isto porque 14% acredita que pode tornar mais difícil estabelecer uma relação com colegas.

De acordo com o inquérito em Portugal. 39% da geração Z e 44% dos millennials são a favor da implementação da semana de quatro dias de trabalho, face a 32% da geração Z e 31% dos millennials a nível global.

Em Portugal, cerca de um quarto dos inquiridos, 23% da geração Z e 25% dos millennials, afirma responder a e-mails e mensagens profissionais fora do horário habitual de trabalho, todos os dias; e 22% fazem-no pelo menos um ou dois dias por semana.

O aumento do custo de vida é um dos fatores que mais preocupa os jovens portugueses, com 53% da geração Z e 51% dos millennials a afirmarem que vive de “ordenado em ordenado” e tem receio de não conseguir fazer face a todas as despesas.

Os níveis de stress e burnout continuam altos entre a geração Z e os millennials. Cerca de 46% da geração Z e 39% dos millennials em termos globais afirmam sentir-se stressados durante grande parte do tempo ou mesmo todo o tempo, e em Portugal os números aumentam ligeiramente, 49% para a geração Z e 43% para os millennials.

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