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Quase metade dos portugueses não considera suficiente isenção de IMT e imposto de selo

Cerca de 44% dos portugueses não acreditam que a medida, delineada pelo Governo, de isenção de IMT e imposto de selo na aquisição de casa seja suficiente para facilitar a compra de imóvel.
isenção habitação
12 Junho 2024, 16h21

O Governo já apresentou as suas medidas para a habitação, sendo uma delas a isenção de IMT e de imposto de selo. De acordo com um inquérito da Imovendo, cerca de 44% dos portugueses não acreditam que esta medida seja suficiente para facilitar a compra de imóvel.

No entanto, o mesmo inquérito revela que a maioria dos portugueses está satisfeita com esta isenção quanto à compra da primeira casa por parte dos jovens até aos 35 anos.

Sobre a medida de financiamento de 100% na compra de um imóvel, 54% dos inquiridos refere estar de acordo, no entanto, as posições divergem quanto às razões que mais impactam a compra da primeira casa, com 30,4% a considerar que os preços são muito elevados e que os salários são baixos, 8,9% culpa a falta de poupança dos jovens e 7,1% a falta de oferta imobiliária.

Os inquiridos salientam que a dificuldade de compra de imóveis é responsável pela emigração de jovens qualificados e que, estando os bancos dispostos a conceder crédito nestas condições, esta pode ser uma medida positiva para a economia nacional.

De acordo com o estudo, 39,6% dos inquiridos apontam a variação de preço dos imóveis como uma preocupação relativamente a esta medida, enquanto um quarto dos participantes no inquérito menciona a sustentabilidade do programa e a capacidade de pagamento do crédito. Já 10,4% salienta os critérios de elegibilidade.

Miguel Mascarenhas, CEO da Imovendo, afirma que “este estudo só veio reforçar, ainda mais, a posição da Imovendo de que a especulação imobiliária tem que ter um final, através da regulamentação de taxas fixas e justas para todos”.

“Apesar de o Governo ter criado estas novas medidas, os questionados acreditam que as mesmas continuarão a ser escassas e insuficientes, face aos preços impraticáveis que podemos encontrar no mercado nacional nos últimos tempos”, conclui Miguel Mascarenhas.

 

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