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Quatro banqueiros condenados por ajudar amigo de Vladimir Putin

O músico terá depositado 30 milhões de dólares (28 milhões de euros) nas contas bancárias do Gazprombank entre 2014 e 2016. Sergei Roldugin não revelou a origem do dinheiro, algo que vai contra as leis de Zurique.
epa09910064 Russian President Vladimir Putin meets with Russian Olympic and Paralympic athletes during a state awards ceremony for Russian medal winners of the Beijing 2022 Olympic Winter Games at the Kremlin in Moscow, Russia, 26 April 2022. EPA/YURI KOCHETKOV
30 Março 2023, 13h23

Quatro banqueiros foram condenados por ajudar o músico Sergei Roldugin, amigo de Vladimir Putin, sendo também conhecido por ‘carteira de Putin’. Os banqueiros permitiram que o amigo do presidente russo depositasse grandes quantidades de dinheiro em bancos suíços e foram agora considerados culpados por falta de diligência.

Os antigos banqueiros do Gazprombank, banco russo com uma filial na Suíça, foram condenados a sete meses de pena suspensa por ajudar Roldugin.

O músico terá depositado 30 milhões de dólares (28 milhões de euros) nas contas bancárias do Gazprombank entre 2014 e 2016. Sergei Roldugin não revelou a origem do dinheiro.

Segundo as leis suíças, os bens devem rejeitar ou fechar contas quando têm dúvidas da origem do dinheiro. Ainda que o tribunal de Zurique não tenha conseguido provar que os quatro banqueiros tivessem dúvidas quanto à proveniência dos milhões de dólares. O veredicto final decretou que os condenados deveriam ter questionado a origem do dinheiro mas falharam em fazê-lo.

Além de amigo de Putin, o músico é também padrinho da filha mais velha do presidente russo, tendo sido condecorado com a Ordem de Alexander Nevsky, uma medalha de mérito.

A publicação adianta que três dos banqueiros condenados têm nacionalidade russa, enquanto um é suíço. Sabe-se que o banqueiro suíço vai apelar à decisão.

A ligação financeira entre Roldugin e Putin foram descobertas em 2016 pela investigação Panama Papers, sendo que dois anos antes, em 2014, o músico negou ser milionário ao “New York Times”, o que adensou o mistério da origem do dinheiro.

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