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Quatro estratégias para enfrentar a Coreia do Norte (sem haver uma guerra)

A Coreia do Norte até pode estar a “implorar por uma guerra”, como disse a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, mas os especialistas alertam para consequências devastadoras. Sem guerra, mas com outras armas: eis as fórmulas para enfrentar o país liderado por Kim Jong-un
5 Setembro 2017, 17h52

O que fazer com a Coreia do Norte? A comunidade internacional divide-se entre o uso da força e o recurso a outras ‘armas’ que evitem, por todos os meios, uma solução bélica. Estas são as hipóteses em cima da mesa:

Endurecer as sanções 
Até agora nenhuma das sanções impostas pela ONU, pelos Estados Unidos ou União Europeia conseguiram travar Kim Jong-un e o seu programa de desenvolvimento nuclear. Mas também é certo que não foram experimentadas todas as possibilidades. Agora, a embaixadora dos Estados Unidos na ONU pede as “medidas mais rigorosas possíveis”. Eficientes ou não, os EUA insistem em castigos adicionais. “Trata-se de esgotar todos os meios diplomáticos antes que seja tarde demais”.

Embargo comercial
O que aconteceria se muitos dos parceiros que compram e vendem bens à Coreia do Norte, descontinuassem o negócio? Ninguém sabe ao certo. Mas e se a China – principal aliado diplomático e parceiro comercial do regime de Kim Jong-un – embargasse as importações à Coreia do Norte? De acordo com o Fórum Económico Mundial, Pequim responde por 85% de todas as importações norte-coreanas e por 83% das exportações. Se a China realmente quisesse, poderia paralisar a economia da Coreia do Norte e interromper o fornecimento de gás e petróleo, explicam observadores destas matérias. Desligava a energia do país. Seria o colapso da economia norte-coreana, dizem os especialistas. Sem haver uma terceira guerra nuclear.

Acordo entre EUA e China
Há muitos jogos de interesses no tabuleiro geopolítico. Um acordo entre os Estados Unidos e a China para reunificar a península da Coreia poderia ser solução viável para ultrapassar uma tensão crescente. Mas esta parece ser uma possibilidade remota. Embora a China esteja a perder parte da paciência com a Coreia do Norte, não parece estar disposta a cortar relações de vez, sobretudo enquanto os Estados Unidos atuarem como uma força militar aliada do Japão e da Coreia do Sul. Ou seja, a China não quer fazer tudo o que os Estados Unidos pedem, mas também não aceita toda a rebeldia da Coreia do Norte. A China, é sabido, tem uma posição fulcral neste xadrez perigoso e tem o poder para fazer xeque-mate.

Não fazer nada
O silêncio ou a inação também podem ser um movimento diplomático, e uma estratégia. Para alguns analistas, esta é uma forma de encarar o problema: não piorar a situação, ignorando-a. Não é certo de que Pyongyang pare por aqui, mas também não é certo de que avance. 

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