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Que resposta deve ser dada à crise europeia? Conclusões do Conselho Europeu em debate na segunda-feira

Qual montante do fundo de recuperação? Quais os desafios do modelo do financiamento? Como chegar a acordo sobre a forma de distribuição dos fundos aos Estados-membros que mais necessitam? Estas são algumas questões que irão ser respondidas nesta conferência da International Affairs Network e que conta com o JE como media partner.
17 Julho 2020, 11h16

A resposta europeia à crise pandémica, ao nível do Fundo de Recuperação Europeu, vai esta em debate esta segunda-feira, dia 20 de julho, às 11h00 promovido pelo International Affair Network e que conta com o “Jornal Económico” como media partner. Paulo Rangel, advogado e deputado do Parlamento Europeu pelo PSD, Sofia Alves, representante da Comissão Europeia em Portugal, Francisco Assis, presidente do Conselho Económico e Social e ex-eurodeputado vão refletir sobre as grandes dúvidas que estão a bloquear as negociações entre os Estados Membros, num debate que será moderado por Inês Domingos, presidente do Internacional Affair Network. Qual montante do fundo de recuperação? Quais os desafios do modelo do financiamento? Como chegar a acordo sobre a forma de distribuição dos fundos aos Estados-membros que mais necessitam? Estas são algumas questões que irão ser respondidas nesta conferência.

Pode assistir a este evento gratuitamente mas o registo para assistir ao mesmo é obrigatório através deste link.

Dois pontos fundamentais em debate

Em entrevista ao JE, Inês Domingos, presidente do think tank International Affair Network, realça que o objetivo da conferência passa por rever que aspetos do Fundo de Recuperação Europeu podem ficar por decidir e tentar perceber que situações podem estar a bloquear alguns destes pontos.

De acordo com análise de Inês Domingos, existem dois pontos fundamentais para se conseguir avançar neste impasse. “Um deles é a forma como se vai financiar esta ajuda extra, este Fundo de Recuperação. Ao longo dos últimos anos, as contribuições dos Estados membros para a UE têm sido à volta de 1% do PIB. Essa contribuição é bastante inferior em relação àquilo que a UE quer fazer. Será que se pode usar esse instrumento de emissão de dívida? E usando esse instrumento, quais são os recursos que vão pagar essa dívida?”, questiona a moderadora do debate desta segunda-feira.

Relativamente à segunda questão que no entender de Inês Domingos vai levar a um debate “no mínimo aceso” passa pela forma como vai ser distribuído o dinheiro do Fundo de Recuperação pelo Estados membros. “A proposta passava pela possibilidade de uma boa parte dessa verba ser sob a forma de subvenções e uma outra parte de empréstimos. O ponto que poderá ser complicado é que existem vários Estados membros que preferiam que a maior parte fosse empréstimo em vez de subvenções mas depois ainda há questão: que tipo de condicionamento existe na distribuição desses montantes? Não parece ser possível que isso possa acontecer tal como no tempo da Troika”, conclui.

Sobre o International Affairs Network

O International Affairs Network é um think tank sedeado em Lisboa que tem por objetivos: Desenvolver ideias de políticas sobre os principais desafios à ordem mundial, o multilateralismo e o papel de Portugal no mundo, através de investigação e relatórios; Reunir líderes da política, da academia e do mundo empresarial para criar uma rede de indivíduos que partilham a a sua investigação e a sua experiência em relações internacionais; Promover a educação sobre uma ordem mundial baseada em regras, através de seminários, workshops e prémios para estudantes universitários.

 

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