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Queda de 15% das ações da Mota e de 5% da Galp fazem cair Bolsa de Lisboa

Os países exportadores de petróleo e os seus principais aliados (OPEP+) não conseguiram chegar a um acordo para adiar o aumento da produção petrolífera prevista para janeiro. A queda do ouro negro nos mercados internacionais acabou por arrastar as ações para terreno negativo. Europa fechou em queda e Portugal não foi exceção.
30 Novembro 2020, 17h29

O índice PSI-20, fechou a cair 1,01% para 4.604,72 pontos, pressionado pela Mota-Engil que perdeu -15,15% na sessão para 1,456 euros depois de na sexta-feira passada ter subido perto de 15% na sequência da compra de 23% do capital social da construtora portuguesa por 169 milhões de euros por parte da gigante chinesa da construção CCCC.

Já em cima do fecho do mercado, a construtora enviou um comunicado onde anuncia que a sua participada Mota-Engil Central Europe (MECE) celebrou um novo contrato na Polónia no valor de 72 milhões de euros para a execução do projeto e construção da via rápida S19 no nó Białystok Południe – Ploski, num projeto a que se apresentaram algumas das maiores empresas europeias, num total de nove empresas de diversas nacionalidades que estiveram a concurso.

A segunda ação que mais caiu foi a Galp, que perdeu -5,38% para 9,04 euros, na sequência da queda do ouro negro perante o facto de os países da OPEP+ não terem um acordo para adiar o aumento da produção.

Destaque ainda para a EDP que recuou -2,87% para 4,47 euros. Hoje o Ministério das Finanças fez um comunicado onde anuncia que a descida do IVA da eletricidade, se efetiva amanhã, 1 de dezembro. A partir de amanhã, 1 de dezembro, os consumidores vão pagar menos pelo consumo de eletricidade. Esta descida beneficiará cerca de 5,2 milhões de contratos, o que corresponde a cerca de 86% dos clientes de baixa tensão.  Os CTT também tiveram uma queda em bolsa de -2,01% para 2,44 euros.

A Ibersol desceu -1,95% para 5,02 euros e a Corticeira Amorim recuou -1,54% para 10,20 euros.

No verde fecharam seis títulos. A EDP Renováveis subiu +1,72% para 17,76 euros; o BCP valorizou +1,11% para 0,1185 euros e a Jerónimo Martins avançou +1,34% para 14,36 euros.

As principais praças europeias fecharam com perdas, com o global EuroStoxx 50 a recuar 1% para 3.492,5 pontos. O FTSE 100 de Londres fechou a cair 1,09% para 6.28,3 pontos; o francês CAC tombou 1,42% para 5.518,5 pontos; o DAX perdeu 0,33% para 13.291,2 pontos; o FTSE MIB desceu 1,3% para 22.061 pontos e o IBEX caiu 1,39% para 8.076, pontos.

O mercado de ações foi pressionado pela queda do preço dos futuros de petróleo, em correção enquanto espera um acordo da OPEP+. Os países exportadores de petróleo e os seus principais aliados (OPEP+) não conseguiram chegar a acordo para adiar o aumento da produção petrolífera prevista para o próximo mês de janeiro. O Brent em Londres caiu 1,31% para 47,55 dólares.

O otimismo quanto ao desenvolvimento de vacinas eficazes contra a Covid-19 e a respetiva chegada ao mercado na primeira metade de 2021 reforçaram as expetativas quanto a uma recuperação económica forte em 2021 e justificam as valorizações das bolsas ao longo de novembro.

O euro cai 0,13% para 1,1947 dólares.

No que se refere à divida soberana o mercado secundário assiste a uma subida das yields da dívida alemã a 10 anos, da portuguesa, espanhola e italiana.

A dívida alemã sobe 1,71 pontos base para -0,57%; a dívida portuguesa avança 2 pontos base para 0,03%; Espanha tem os juros a agravarem também, 2,34 pontos base para 0,08% e Itália regista uma subida de 3,21 pontos base para 0,62%.

Os juros das dívidas públicas dos países que integram a Zona Euro continuam a beneficiar do amplo programa de compra de ativos implementado pelo Banco Central Europeu em resposta à crise pandémica, em particular no caso das economias periféricas da moeda única.

 

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