Pese embora pareça que construir uma casa tem um custo muito elevado – no fundo, estamos a falar de mão-de-obra, tempo, escolha dos materiais, etc. -, a verdade é que até pode ficar mais acessível do que uma habitação nova e, pelo menos, está completamente personalizável ao seu gosto.
Se deseja construir uma casa de raiz e necessita de financiamento, note que a solução financeira mais adequada é o crédito habitação com a finalidade construção. Este empréstimo funciona por tranches, na medida em que o montante disponibilizado vai sendo entregue à medida que a obra avança.
Note que, para ser aprovado neste tipo de empréstimo, terá de possuir um projeto de construção aprovado pela Câmara Municipal, a Licença de Construção e ainda um orçamento com uma estimativa aproximada do custo total.
Para perceber quanto custa construir uma casa, há que ter em conta 5 grandes fatores.
Pois bem, para construir uma casa de raiz vai precisar sempre, em primeiro lugar, do terreno.
Este é o primeiro grande investimento deste projeto e deve ser bem ponderado, uma vez que, se o terreno não for adequado à partida, poderá precisar de investimento adicional para resolver problemas como lençóis de água, corrigir declives (o que envolve movimentação de terras), entre outros.
Convém ainda que o terreno esteja inserido numa área autorizada para construção e que naturalmente já esteja com ligações a linhas de tensão elétrica e saneamento básico. Caso o terreno não possua estas infraestruturas básicas (o que normalmente até acontece com áreas que não estão loteadas), terá ainda de contar com este custo extra.
Para quem deseja construir uma moradia, mas não tem disponibilidade ou não deseja tratar de todo o processo sozinho, a solução “chave na mão” pode ser muito apelativa. Basicamente, com esta opção o cliente pode escolher o terreno no qual pretende ter a sua futura casa, qual o tipo de construção que prefere e o próprio projeto de arquitetura. A empresa que estiver por detrás do projeto trata de tudo, inclusive das licenças necessárias.
Ao nível do preço, é claro que a localização geográfica terá muita influência. Um terreno perto da praia e de uma cidade (especialmente se for perto das áreas metropolitanas do Porto e Lisboa), por exemplo, será, à partida, mais caro do que um que seja completamente situado num meio rural interior e que não tem tantas acessibilidades.
Naturalmente, quanto maior for a habitação, mais elevada será a despesa associada, a não ser que escolha sempre materiais mais baratos, o que, no fundo, até poderá não ser a melhor decisão a pensar no futuro (pois materiais mais baratos podem não ter longa durabilidade e têm de ser substituídos mais cedo e mais vezes).
Ainda assim, mesmo que selecione materiais mais acessíveis, o tamanho da moradia poderá sempre influenciar o custo final, uma vez que uma habitação maior implica não só mais materiais como um esforço mais elevado em mão-de-obra e, consequentemente, um maior número de horas de trabalho.
Optar por uma casa pré-fabricada também pode ser uma solução para quem precisa de uma habitação mais acessível em termos de preço e que não demore muito tempo a construir.
Construir uma casa envolve o trabalho conjunto de muitos profissionais e pode ser desgastante ter de ser o consumidor a procurar um empreiteiro, um engenheiro civil, um canalizador, um pintor, um eletricista e todo o resto de profissões que são inerentemente necessárias à construção de uma casa.
Se porventura escolher entregar o seu projeto a um construtor ou mesmo a uma empresa especializada nesta área, não gastará tanto tempo a procurar. É uma questão de solicitar um orçamento e ver se lhe compensa.
O facto de comprar um terreno não significa que possa usar e dispor livremente da área abrangida. Existem regras legais a respeitar neste âmbito.
Antes de avançar com a construção deve, de acordo com o artigo 14º, alínea 1, do Decreto-Lei nº 555/99, “(…) pedir à Câmara Municipal, a título prévio, informação sobre a viabilidade de realizar determinada operação urbanística ou conjunto de operações urbanísticas diretamente relacionadas, bem como sobre os respetivos condicionamentos legais ou regulamentares, nomeadamente relativos a infraestruturas, servidões administrativas e restrições de utilidade pública, índices urbanísticos, cérceas, afastamentos e demais condicionantes aplicáveis à pretensão”.
Portanto, será a Câmara Municipal que avaliará a viabilidade de construção, uma vez que qualquer terreno no qual a construção de uma casa seja permitida tem de estar classificado como tal no Plano Diretor Municipal.
Terá de entregar o seu projeto à autarquia, esta fará a devida avaliação e concederá a respetiva licença de construção.
Tenha em mente que construir uma casa pode levar anos desde que pensa no projeto inicial até ter tudo concretizado, pelo que esta decisão pode revelar-se, muitas vezes, frustrante e desencorajadora. Pelo caminho irá encontrar obstáculos e imprevistos.
Para concluir, o ideal é que, antes de avançar com um projeto como este, avalie quanto custa construir uma casa ao planear todas as despesas, comparando custos e percebendo se compensa ou não face a adquirir uma casa nova, usada ou mesmo através da solução chave na mão.
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