“Queremos ter fundos de capital de risco e de criptomoedas na Madeira”

O presidente do executivo madeirense defende um maior aproveitamento do Centro Internacional de Negócios da Madeira (CINM), ou Zona Franca, para atrair empresas e com isso trazer maiores ganhos ao país. Miguel Albuquerque diz que a região autónoma pretende ser um “hub tecnológico de valor acrescentado no Atlântico”, com uma taxa de IRC de 10%, com o intuito de atrair mais empresas e dinamizar o mercado de capitais português que, considera, está praticamente morto. Espera ganhar as regionais de 2023, assegurando maioria absoluta, naquele que poderá ser o seu último mandato no Governo Regional.

O país aguarda a tomada de posse do novo Governo e o orçamento de 2022, o que significa que o registo de novas empresas na zona franca da Madeira continua em stand by. Como vê este tema?
As Canárias tiveram o mesmo problema, mas o governo de Sanchez, como obviamente olha para os interesses fundamentais do país, resolveu rapidamente, prorrogar as licenças das empresas.

Nós, apesar de tudo o que têm feito, crescemos 5% no último ano. E é preciso perceber o seguinte: eu acho que o discurso demagógico em volta da Zona Franca é um discurso lamentável, mas é o discurso que normalmente é alimentado por uma certa esquerda.

As grandes empresas nacionais estão sediadas na Holanda, porque lá pagam impostos mais baixos, quando podiam estar aqui, em território nacional. Isto é tudo um disparate. As empresas portuguesas, e os investidores que querem internacionalizar as empresas vão para a Holanda, Malta, Luxemburgo, quando podem estar em território nacional. E porque não fazemos isto de forma competitiva para trazer as grandes empresas internacionais para se sedearem cá? Se você tiver aqui grandes empresas internacionais sedeadas é o país que ganha com isso. Agora, é preciso vontade política.

Conteúdo reservado a assinantes. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor. Edição do Económico Madeira de 04 de março.