O eurodeputado social-democrata Paulo Rangel afirmou esta sexta-feira que espera que o PSD e CDS-PP chegam a um acordo pós-eleições para formar uma maioria parlamentar. O vice-presidente do Partido Popular Europeu (PPE) acredita que ainda é possível contrariar as sondagens e garante que vai marcar presença na campanha eleitoral do PSD.
“É uma coligação natural e espero que o PSD e CDS-PP se entendam se tiverem maioria para isso”, disse Paulo Rangel, num almoço-debate promovido pelo International Club of Portugal (ICPT), com o tema “A Europa e os novos equilíbrios globais”.
Paulo Rangel defende que o PSD fez um bom arranque da campanha eleitoral e, a pouco mais de um mês das eleições legislativas ainda há tempo para reverter as sondagens, que colocam o PSD em torno dos 20% das intenções de voto. A última sondagem, feita pela Pitagórica para a TSF e Jornal de Notícias, aponta para uma queda acelerada do PSD, que não vai além dos 20,4%.
“As sondagens são sondagens, mas exprimem tendências e há que reconhecê-lo. Mas estou esperançado de que possam reverter essa situação e esse é obviamente o nosso desígnio”, sustentou o eurodeputado.
O eurodeputado garantiu ainda que vai estar presente em “várias” ações de campanha “nacionais e locais”, afirmando ser “uma voz do passado, presente e futuro do PSD”.
No frente-a-frente entre o presidente do PSD, Rio Rio, e a líder do CDS-PP, Assunção Cristas, desta quinta-feira na SIC, ficou marcado pela concordância. Apesar de variarem na forma como querem fazer avançar as propostas, ambos assumem que há uma grande proximidade entre as linhas programáticas de parte a parte e Rui Rio estendeu o tapete a Cristas para um acordo pós-eleições.
“A situação normal é os partidos irem a eleições separados”, afirmou Rui Rio, acrescentando que desta forma conseguem manter a sua identidade e ver quanto valem sozinhos. Mas depois das eleições, a história pode ser outra. “Se em conjunto tivermos maioria, tomaremos a decisão que sempre tomamos ao longo da história”, sentenciou o líder social-democrata.
Já Assunção Cristas admitiu que “o CDS-PP tem um passado em conjunto com o PSD” e confessou que foi com “orgulho” que fez parte do Governo de Pedro Passos Coelho.
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