A realidade virtual nos videojogos é já um facto memorável. As últimas estatísticas, de acordo com a CNN, mostram que mais de um milhão de headsets de realidade virtual (VR) foram entregues no terceiro trimestre de 2017, um número que deverá aumentar rapidamente em 2018 à medida que mais fabricantes entram no mercado. Ainda assim, esta modalidade de entretenimento pode levantar algumas dúvidas no que diz respeito a questões de saúde. Antes de usar aparelhos de realidade virtual, conheça os potenciais riscos:
Para precaver o descuido dos utilizadores de VR, a maioria dos dispositivos inclui um aviso para consultar um médico antes de usar um aparelho de realidade virtual se for idoso, se estiver grávida, ou tiver condições pré-existentes que possam afetar sua experiência na realidade virtual, como anormalidades da visão, distúrbios psíquicos, condições cardíacas ou outras condições médicas graves. O aviso também inclui jogadores que tenham implantes como aparelhos auditivos ou bypass.
Crianças em risco?
Sobre os jogos e dispositivos em realidade virtual é aconselhável que as famílias sejam cautelosas quando deixarem crianças desfrutarem desta tecnologia. É que os potenciais problemas descritos anteriormente podem não ser acusados por uma criança.
Segundo Jeremy Bailenson, diretor do Laboratório Virtual de Interação Humana da universidade de Stanford, embora existam investigações sobre os efeitos do VR ainda não se sabe “o que vai acontecer com uma criança “.
A maioria dos fabricantes de dispositivos de realidade virtual estabeleceu uma idade mínima para desfrutar desta tecnologia, que não é aconselhável a menores de 13 anos.
Distinguir o real do virtual
O cérebro memoriza tudo o que assimila da realidade virtual, tal como faz no dia a dia, face às “experiências físicas”, por isso o conteúdo da realidade virtual também pode afetar a perceção do que é verdadeiramente real.
Segundo Bailenson, autor do livro “Experience on Demand”, que expõe o estudo dos efeitos psicológicos da realidade virtual das últimas duas décadas, o cérebro facilmente confunde a memória que se tem da realidade virtual com a memória de experiências vividas no mundo real.
“Quando o VR está bem, o cérebro acredita que é real”. Ou seja, se o conteúdo VR for divertido, educativo ou inspirador, o cérebro pode interpretar essas experiências como verdadeiras.
E se o conteúdo é “assustador ou violento pode provocar ansiedade, fazendo com que o corpo reaja fisicamente, podendo aumentar a ritmo de frequência cardíaca e da pressão arterial. Também pode causar ansiedade, medo ou mesmo síndrome de stress pós-traumático “.
Afinal, vale a pensa desfrutar da realidade virtual?
Estas observações, elencadas pela CNN, não significam que utilizar a realidade virtual como forma de entretenimento seja algo mau. O que as observações acima descritas representam é que, como em tudo, não deve haver abusos na forma como se usa a realidade virtual, podendo trazer graves consequências para a saúde.
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