Reclamações contra Metro do Porto continuam a aumentar

O número de reclamações dirigidas à Metro do Porto não para de crescer, conforme revela a análise trimestral do Portal da Queixa. As queixas têm aumentado continuamente ao longo do ano e os principais motivos dizem respeito a coimas mal aplicadas, constrangimentos devido a obras e más condições das infraestruturas.

Nesta sexta-feira, 6 de dezembro, uma greve convocada pelo Sindicato Nacional dos Maquinistas está a causar grandes restrições na circulação dos comboios e no metro da região do Grande Porto, com a expectativa de que a circulação seja interrompida em toda a rede. A greve foi motivada pela exigência de um reforço da segurança ferroviária, após declarações do ministro da Presidência, Leitão Amaro, que geraram descontentamento entre os maquinistas.

Os dados do Portal da Queixa indicam que, entre 1 de janeiro e 5 de dezembro, as coimas e multas incorretas foram responsáveis por 26,5% das reclamações, seguidas pelos problemas relacionados com as obras, que também representaram 26,5% das queixas, com os passageiros a reportarem transtornos de circulação e barulho excessivo durante a noite.

Os problemas de infraestruturas, como más condições das carruagens e falta de limpeza, reuniram 24,5% das queixas, enquanto a falta de ar condicionado gerou 12,2% das reclamações. Atrasos foram responsáveis por 8,2% das queixas este ano.

O Índice de Satisfação (IS) da Metro do Porto, que mede a performance da empresa na resolução de problemas, está avaliado em 40 em 100 pelos consumidores. A Taxa de Resposta é de 64,1%, enquanto a Taxa de Solução é de 34,5%. A Taxa de Retenção de clientes está em 66,7%, refletindo a insatisfação crescente dos passageiros com os serviços da transportadora.