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Reclamações no setor segurador caem 4% no segundo semestre de 2024

O seguro automóvel voltou a ser o mais visado, concentrando 36% das reclamações apresentadas ao mercado.
2 Junho 2025, 16h35

O número de reclamações no setor segurador caiu 4% no segundo semestre de 2024 face ao período homólogo, totalizando 12.928 queixas, revelou hoje a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF).

O seguro automóvel voltou a ser o mais visado, concentrando 36% das reclamações apresentadas ao mercado.

Durante o mesmo período, foram encerradas 13.493 reclamações, de acordo com o Relatório de Gestão de Reclamações divulgado hoje pela ASF, que apresenta uma análise detalhada das reclamações relativas ao setor segurador e dos fundos de pensões.

Os ramos Não Vida representaram 92% das reclamações, com destaque para o seguro automóvel, seguido do seguro de incêndio e outros danos, que somou 16%, e do seguro de doença, com 11% do total.

O ramo Vida, que representou 4% das reclamações, foi dominado pelos seguros de vida temporários, responsáveis por 53% das queixas.

As reclamações relativas a fundos de pensões mantêm-se residuais, com apenas 1%, sendo maioritariamente dirigidas a fundos de pensões abertos, que concentraram 78% desses casos.

Os principais motivos das reclamações reportados ao mercado foram sinistros, com 53% do total, questões relacionadas com o conteúdo ou vigência dos contratos, que representaram 24%, e problemas na formação do contrato, responsáveis por 11% das queixas.

Entre as reclamações analisadas e encerradas pelas entidades do mercado, 45% tiveram desfecho favorável ao reclamante, enquanto 55% resultaram em decisão desfavorável. O prazo médio de resposta foi de nove dias úteis, abaixo do limite estabelecido pela legislação em vigor.

A ASF recebeu diretamente 929 reclamações no segundo semestre de 2024, um valor semelhante ao registado no período homólogo do ano anterior, que contou com 934.

No que respeita aos motivos das reclamações recebidas pelo regulador do setor, os sinistros representaram 68% dos casos, seguidos por questões relativas ao conteúdo ou vigência dos contratos, com 18%, e pelos prémios, que motivaram 6% das queixas.

A maioria das 912 reclamações concluídas neste período chegou através do Portal do Consumidor da ASF, canal que acolheu 71% das submissões, seguido do correio eletrónico, com 21%.

Entre as reclamações concluídas diretamente pela ASF, 29% tiveram um desfecho favorável ao reclamante, enquanto 71% resultaram em decisão desfavorável.

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